quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Pantanal (MS) ameaçado por invasões indígenas até com carro do IBAMA



Prisão de federais por indígenas e ameaças de novas invasões aumentam tensão na região do Nabileque, no Pantanal

Em nota oficial, a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul - Acrissul tomou a defesa dos proprietários rurais de Nabileque, no Pantanal, ao denunciar indígenas promovendo incursões em propriedades nas redondezas da fazenda Baía da Bugra, a fim de forçar produtores rurais a abandonarem a região e retirar o gado.

O clima de tensão aumentou muito durante a semana quando ontem houve perseguição e prisão de dois policiais federais que estavam em diligência nas proximidades. A entidade ruralista prometeu interferir na questão e cobrar duramente das autoridades a defesa do direito de propriedade.

Cacique com página no Facebook

A empáfia desses índios manipulados é tanta que o cacique Joel Vergílio Pires publicou em sua página no Facebook imagens da prisão dos federais, exibindo como troféu suas armas e distintivos, tudo acompanhado de um texto desafiando as autoridades:

Estão aqui polícias federais presso com os guerreiro kadweu só saian da qui com a presença da empresa (seria imprensa?), ministério público e funai”.

As imagens e o texto foram depois deletados da página, mas o conteúdo já havia se espalhado pelas redes sociais. Para vários veículos da imprensa, a FUNAI informou que o ocorrido não tinha passado de um mal-entendido.

Pleno conhecimento e consentimento

Na verdade, o conteúdo do texto publicado pelo cacique em sua página do Facebook deixa claro que ele tinha plena consciência de que havia capturado e mantido em cárcere privado dois agentes da Polícia Federal.

Segundo informações da própria PF os agentes estavam realizando diligências na região quando foram surpreendidos pelos indígenas. Os agentes já foram liberados e a PF vai abrir inquérito para investigar a responsabilidade de cárcere privado.

Informações dos ruralistas de Nabileque, 426 km de Campo Grande, mostram que já são cinco fazendas invadidas e outras 12 sob ameaça constante de invasão.

Apesar de promessas feitas pela FUNAI à imprensa, de que os indígenas sairiam da região no dia 24 de novembro último, até o momento eles continuam lá.

A nota da Acrissul salienta ainda que de fato foi utilizada uma viatura do Ibama numa das invasões feitas pelos indígenas. Consta a presença de pelo menos 130 invasores na região ameaçando os produtores rurais.

Entenda a questão

A etnia kadiwéu ocupa a maior reserva indígena já demarcada pela Funai em Mato Grosso do Sul – são 375 mil hectares.

Em 1984, a Funai decidiu por meio de portaria reavivar divisa, mudando o traçado de um rio para anexar mais 154 mil hectares à reserva, tirando das propriedades escrituradas, que pagam impostos e produzem. Desde então, a região tornou-se campo de uma demanda judicial envolvendo os produtores.

Segundo dados oficiais, a etnia kadiwéu na reserva no Nabileque – maior que muitos países europeus – conta no máximo com dois mil índios.

Fonte: Assessoria da Acrissul

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