quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Brasil na OPEP?



Brasil rejeita pedido da Arábia Saudita para cortar produção de petróleo



O Brasil rejeitou um esforço informal do governo da Arábia Saudita para participar do empenho da Opep para cortar a produção e reduzir o excesso de oferta global de petróleo, que tem pressionado os preços internacionais e prejudicado os grandes produtores da commodity.

O secretário de petróleo e gás do ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, afirmou que o país tem sido "sondado" periodicamente para tratar do tema e que, na semana passada, foi procurado por um assessor do ministro de energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih.

No entanto, Félix destacou que a legislação e o posicionamento de mercado do Brasil impedem uma participação do país na Opep. Além disso, destacou que o país busca aumentar a produção para atrair mais investimentos.

"Eles estão preocupados com o crescimento da produção do Brasil. A gente já explicou por que o Brasil não pode fazer isso [cortar a produção de petróleo]", afirmou Félix, em uma entrevista por telefone.

O telefonema da Arábia Saudita ocorreu dias após petroleiras gigantes, como a Shell, terem arrematado áreas em uma abertura histórica para operadores estrangeiros do cobiçado pré-sal brasileiro, parte da tentativa do país para aumentar agressivamente a produção nos próximos anos.

A produção de petróleo no Brasil —maior produtor da América Latina— subiu 3% em setembro para 2,65 milhões de barris por dia (bpd) em relação a agosto, segundo os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A agência reguladora prevê que a produção no Brasil poderá dobrar para mais de 5 milhões de bpd até 2027.

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Fonte: Folha de S. Paulo

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