quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Vão para o inferno os que querem ir...



Uma previsão do tirano Castro sobre o seu destino eterno
A doutrina moral da Igreja ensina que não se deve desejar a condenação eterna de ninguém, nem sequer dos piores malfeitores. Muito menos a deseja o supremo Juiz, Jesus Cristo: “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único Filho, para que todo aquele que creia nele não pereça, mas tenha a vida eterna (São João, 3, 16).
É doutrina de fé que até o último momento da vida Deus dá ao homem a possibilidade, através de sua graça, de arrepender-se de seus pecados e salvar sua alma.
“Quem vai para o inferno?” – perguntou certa vez inesperadamente um jornalista ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Ao que o líder católico respondeu, de modo imediato e concludente: “Os que querem ir”.
Parece que este era o desejo de Fidel Castro, que acaba de comparecer diante do terrível juízo de Deus. Em declaração ao diretor do canal France 2 – com blasfêmia contra o Céu incluída –, o velho tirano previa qual seria o seu destino eterno:

Você sabe, eu irei para o inferno, e sei que o calor ali será insuportável, mas será menos doloroso do que ter esperado tanto esse Céu que nunca cumpriu suas promessas… E depois, chegando lá encontrarei Marx, Engels, Lênin. E encontrarei também você, porque os capitalistas também vão para o inferno. Sobretudo se desejam gozar a vida!” [1].
Por que Fidel previa a sua condenação? Esta outra declaração dele, na Universidade de Havana, poderia ser a resposta: 
Não cairemos no erro histórico de semear o caminho com mártires cristãos, pois bem sabemos que foi o martírio que deu força à Igreja: nós faremos apóstatas, milhares de apóstatas [2].
Trabalhar para a apostasia dos católicos não é trabalhar para a própria condenação? Quem se entrega a esse propósito não se converte em uma prefigura do Anticristo?
É possível que o ex-tirano vitalício tenha aludido à sua condenação eterna para zombar-se do entrevistador. Mas seu passado criminoso não autoriza muita brincadeira sobre o tema. 
Desde que iniciou sua carreira de agitador comunista na América Central, depois como incendiário no “bogotazo” de 1948, mais tarde tomando o poder em Cuba (com apoios, diga-se de passagem, no Departamento de Estado norte-americano) e implantando sua sangrenta ditadura – da qual quis semear réplicas em toda a América Latina e até na África –, que julgamento todo esse rastro de morte e de miséria terá merecido do Supremo e Eterno Juiz?
Por isso os elogios fúnebres feitos ao finado tirano soam falso. Vladimir Putin — sobre cuja enigmática personalidade tantos e tantos ocidentais persistem em enganar-se, apesar de ele ter admitido que continua sendo comunista —, exaltou Castro como “amigo sincero e confiável” e “distinto homem de Estado”, encarnação dos “mais altos ideais como político, cidadão e patriota”.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, definiu-o como “líder pela dignidade e justiça social em Cuba e América Latina”, esquecida talvez da exportação maciça clandestina de armas russas para seu país, feita por Fidel para facilitar um sangrento autogolpe de Allende em 1973, finalmente debelado.
E Lula da Silva, num alarde de cinismo, qualificou o pior ditador da América Latina de lutador contra “as ditaduras” do hemisfério! Uniram suas vozes a esse coro de adulações póstumas que não convencem ninguém, começando por eles próprios, os “camaradas” Maduro, Correa e Ortega.
Mas esse coro estridente e falso é inútil: a História não o registrará. Como o disse bem o parlamentar peruano Carlos Tubino, “o sátrapa Fidel Castro, grande violador dos direitos humanos, escapou da justiça do mundo, mas não da de Deus” [3]
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Notas: 
[1] Entrevista a Jean-Luc Mano, director de informações de France-2, “Paris Match”, 29-10-1994 (destaques nossos).
[2] Cfr. JUAN CLARK, Cuba: mito y realidad, Edições Saeta, Miami-Caracas, 1a. ed., 1990, pp. 358 y 658.

(*) Fonte: www.tradicionyaccion.org.pe, 27-11-2016. Matéria traduzida do original espanhol por Hélio Dias Viana.

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