terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Como reinventar um povo desiludido?



Feliz Nova Zelândia, Brasil

Flavio Azevedo

Até os anos 1980, a Nova Zelândia era um país rico, mas estagnado, fechado e ineficiente. Possuía renda per capita similar a Portugal e Turquia. Hoje a Nova Zelândia é considerada a terceira economia mais livre do mundo, segundo o centro de estudo Heritage Foundation.

Ironicamente, essa tremenda reinvenção se iniciou com um governo de esquerda, que estudou a máquina pública com o rigor das mais modernas empresas, cortando custos injustificáveis. 

Simplificou o papel do Estado, por meio de reformas que combinaram drástica redução de impostos com gestão profissional e enxuta, orientada por metas de desempenho para todos os braços do governo. Tarefas públicas mal desempenhadas ou desnecessárias eram ajustadas ou simplesmente abolidas.

Alguns exemplos desse impressionante “milagre neozelandês”, como depois ficou conhecido o caso:

De 5.600 funcionários, o Ministério de Transportes foi enxugando para 53. O de Meio Ambiente passou de 17 mil para 17. Obras Públicas, de 28 mil para 1. Ao contrário do que se possa pensar, mais e melhores empregos foram criados para todos, iniciando um projeto de inovação que impulsionou a economia do país.

O professor e político Maurice McTigue foi um dos responsáveis pela continuidade do projeto que ajudou a reinventar um povo desiludido. Hoje trabalha também como consultor de governos. 

Para os interessados em saber mais, uma palestra de McTigue está traduzida para o português, com o título Como a Nova Zelândia reduziu o Estado, enriqueceu e virou a terceira economia mais livre do mundo. Basta pesquisar na internet. Feliz Nova Zelândia para você!



Folha de S. Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Tendências / DebatesFlavio Azevedo, 44, empresário e membro do GIG Global Intelligence Group, grupo de comunicação e negócio

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