quarta-feira, 6 de maio de 2015

Bendine, o homem de confiança da PT na combalida Petrobras e os seus malfeitos



BB financiou Porsche para socialite amiga de Bendine
Zanone Fraissat - 11.abr.2013/Folhapress

A socialite Val Marchiori, amiga do ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine
LEONARDO SOUZA
DE DO RIO



A socialite Val Marchiori, amiga do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, obteve autorização do Banco do Brasil –quando o executivo presidia a instituição– para usar parte de um financiamento de caminhões para comprar um carro de luxo.

Conforme a Folha revelou, o BB driblou regras internas para conceder R$ 2,79 milhões à Torke Empreendimentos, empresa registrada em São Paulo pela socialite.

Os recursos, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), eram subsidiados pelo governo a juros de 4% ao ano.

Em abril de 2013, o BB aprovou limite de crédito de R$ 3 milhões para a Torke para a compra de cinco caminhões. Em agosto, o BB liberou o dinheiro, mas o valor da aquisição ficou abaixo do limite, em R$ 2,79 milhões.

Danilo Verpa - 4.mai.2015/Folhapress

Val Marchiori dirige seu Porsche Cayenne S, modelo 2014, pelas ruas dos Jardins, bairro de São Paulo

Segundo documentos obtidos pela Folha, meses depois, Marchiori pediu para ampliar e usar o valor restante do limite de crédito, em torno de R$ 200 mil, para comprar um carro de passeio.

Em fevereiro de 2014, o BB aprovou o pedido, e a socialite comprou um Porsche Cayenne S 2014 branco, avaliado em R$ 400 mil. Apenas o IPVA deste ano ficou em R$ 14.114.

Segundo a Folha apurou, o BB não costuma autorizar o uso de "sobras" de limite de crédito para finalidades distintas do objeto do financiamento. Nesse caso, a socialite poderia comprar outro caminhão ou peças de reposição, por exemplo, mas não um automóvel de passeio.

Procurado, o BB se recusou a responder a uma série de perguntas encaminhadas. O banco não informou qual foi a linha de crédito usada, a taxa de juros e nem se financiou o valor total do veículo.


O banco disse que o financiamento não empregou recursos do BNDES e que a empresa de Marchiori opera com o BB "nas linhas necessárias para condução dos seus negócios" (leia texto nesta página). O Porsche, contudo, é usado para fins pessoais.

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