quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ambientalistas manejam pânico com ...



 ... suposições falsas ou desatualizadas

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“Ambientalistas manejam pânico com suposições falsas ou desatualizadas”

04/04/13 - 10:09 
por Leonardo Gottems

O Portal Agrolink ouviu com exclusividade Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que lançou recentemente o livro “Psicose Ambientalista” (veja AQUI). Segundo ele, o ex-vice-presidente norteamericano Al Gore se baseou em dados falsos e manipulados para realizar o filme “Uma verdade inconveniente” (2005).

Nesta entrevista, o príncipe Orleans e Bragança responde ainda se o mundo passa por alguma alteração climática, e se a agricultura é responsável por causar algum problema ao meio-ambiente.


Agrolink - Em quais pontos o filme de Al Gore mentiu?

Dom Bertrand de Orleans e Bragança - Uma verdade inconveniente (2005), o famoso filme do Al Gore vencedor do Oscar, foi uma das grandes forças midiáticas que levantou a causa do aquecimento global antropogênico, e que ainda vem servindo de guia para muitos defensores do aquecimento, além de chamar a atenção do público.

O filme quer passar por verdade científica, apesar de não apresentar a menor prova para muitas de suas afirmações. Fico impressionado ao constatar quanto esse pretenso documentário possa gozar de credibilidade apresentando tantas falhas.

O magistrado inglês Michael Burton fez uma lista. Nessa lista ele aponta nove erros crassos do filme. O blog fakeclimate listou esses erros e "adicionamos também um erro bastante importante que verificamos".

Os nove (dez) erros de Al Gore:

1- Não há provas que haja atóis do Pacífico a ser evacuados devido à subida das águas.

2 – É um exagero alarmista afirmar que o nível do mar poderá subir seis metros nos próximos anos.

3 – Não é provável que a corrente do Golfo esteja prestes a deixar de circular, lançando a Europa Ocidental numa nova Idade do Gelo.

4 – A coincidência exacta entre os aumentos das emissões de dióxido de carbono e as subidas da temperatura registadas nos últimos 650 mil anos, como afirma Al Gore, não existe.

5 – O derretimento da neve no Monte Kilimanjaro está longe de poder ser exclusivamente relacionada com a acção do homem.

6 – Não há provas da relação direta entre o desaparecimento do Lago Chad e o aquecimento global.

7 – São insuficientes as provas de que o Furacão Katrina seja consequência das alterações climáticas.

8 – Não há provas que os ursos polares estejam a morrer afogados por nadarem cada vez maiores distâncias em busca de placas de gelo. A verdade é que nos últimos tempos apenas foram encontrados quatro ursos mortos, por causa de uma tempestade.

9 – O desaparecimento de recifes de coral nos oceanos de todo o mundo não é conseqüência unicamente do aquecimento global. Há outros fatores, como a poluição e a pesca intensiva.

10 - Aquele gráfico que ele usa pra mostrar a relação de temperatura e dióxido de carbono está adulterado. Aquele é o famoso Taco de Hockey, um grande exemplo de como não se fazer ciência.

O renomado cientista brasileiro, o Prof. José Carlos Almeida de Azevedo, Doutor em Física pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), denunciou que os “eco-alarmistas” divulgam que os mares estão subindo, ilhas estão desaparecendo. Com efeito, nada disso é comprovado. Eles misturam todas essas coisas para confundir o público. 

No Rio de Janeiro, uma pessoa vendeu seu apartamento na praia de Ipanema após ler matéria sobre o tema, onde disseram que o nível do mar subiria sete metros. Quem se beneficia com isso são alguns aproveitadores, que investem em crédito de carbono, painéis solares, energia eólica e todas essas coisas. Eles estão ganhando fortunas colossais.

"Há uma decisão da Corte Superior da Inglaterra e Gales, que proibiu passar nas escolas o filme de Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, distribuído gratuitamente nos estabelecimentos de ensino para provocar essa comoção. 

A corte inglesa, entretanto, analisou o filme, encontrou 9 erros [científicos] e proibiu que ele fosse projetado. Na realidade, os erros não são apenas 9, mas 35. É uma peça hollywoodiana, não fornece nenhuma fundamentação científica. É tudo balela, efeitos especiais."


Agrolink - Quais são algumas das autoridades citadas em seu livro que contestam os argumentos do ex-vice dos EUA?

Dom Bertrand de Orleans e Bragança - O livro é fartamente documentado. São três capítulos com depoimentos de cientistas brasileiros, estrangeiros e personalidades realistas que contestam o aquecimento global antropogênico. Há outro capítulo com os dizeres dos próprios ambientalistas ideológicos sobre os seus objetivos. Como se pode ver são vermelhos atualizados em verdes. As posições ideológicas de muitos desses personagens e movimentos são sobejamente conhecidas, e o que eles declaram sobre o assunto também fala por si: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt. 7, 16). 


Agrolink - O mundo passa por alguma alteração climática?

Dom Bertrand de Orleans e Bragança - O clima é cíclico. Ele está sempre mudando. A discussão está sobre os aspectos científicos da influência humana sobre o clima. E desse ponto de vista podemos constatar que não há proporção entre a ação humana e a da natureza. O homem não tem possibilidade de mudar o clima, porque a ordem de grandeza é fantástica. Como se pode achar que o homem tenha influência sobre as forças da natureza, diante de tudo que está aí há milhões de anos? A natureza deve continuar ainda do mesmo jeito por muitos milhões de anos.

Muita coisa influi no clima, e o homem tem que descobrir maneiras de conviver com a mudança do clima. As grandes migrações humanas ocorreram, em primeiro lugar, por causa do clima. Assim, as que ocorreram na Pérsia, na civilização acadiana (Mesopotâmia), as que ocorreram na meso-América. O clima mudou, a temperatura subiu não sei quantos graus, as águas foram embora, escoaram para outro lugar. E as populações mudaram e passaram a conviver com outro clima. Se não houvesse alterações no clima, todos nós ainda estaríamos morando na África. Toda a humanidade estaria vivendo lá, num continente que em grande parte é hoje um deserto.
 

Agrolink - Existe problema ambiental no planeta?

Dom Bertrand de Orleans e Bragança - O livro procura desfazer as falácias do movimento ambientalista que maneja habilmente a arma do pânico para tentar mostrar que a Terra não mais suporta produção e progresso. Com efeito, elas são estribadas em suposições exageradas, falsas ou mesmo desatualizadas por parte das ONGs.

 Como se sabe, a maior poluição provém das cidades. A agricultura atual não é apenas sustentável, mas capaz de apresentar soluções para conservação da água e da biodiversidade. Além de alimentos e fibras, ela garante a energia elétrica limpa.

O homem e a natureza vêm sendo agredidos pela poluição decorrente da industrialização e da rápida urbanização ditadas por uma modernidade que rompeu com os valores do passado e, ao mesmo tempo, se encontra ofegante para usufruir das promessas da tecnologia. Em consequência, novas propostas de ambientalismo e defesa da natureza são apresentadas e propagandeadas pelos grandes meios de comunicação, por líderes mundiais e organismos internacionais, como a ONU. No entanto, infelizmente, por trás de grande parcela dessa defesa da natureza se oculta uma nova ideologia, até mesmo uma nova religião, que pretende justificar e implantar uma sociedade humana igualitária e neotribal, lastreada num misto de pseudociência com filosofias arcaicas e pagãs.


Agrolink - A agricultura é responsável por causar algum desses problemas?

Dom Bertrand de Orleans e Bragança - O homem do campo é o maior interessado na sustentabilidade do seu negócio, e em sã consciência não deseja o prejuízo de ter o seu campo transformado em deserto. Isso, aliás, é o que se deve lamentar e coibir nos assentamentos de Reforma Agrária, onde a terra é de ninguém, ou seja, do governo, e os assentados em geral fazem uma devastação e deixam a terra arrasada. Mas a atenção dos ambientalistas — que se volta com indisfarçável animosidade para os agropecuaristas que trabalham, produzem e assim promovem o nosso desenvolvimento — pratica uma omissão seletiva sobre a ação deplorável dos assentados. Dois pesos e duas medidas...

Não se monta uma fábrica, não se cultiva um campo para ser abandonado no ano seguinte. A atividade agropecuária, como toda atividade econômica, só pode ser concebida se for sustentável. Agricultura sustentável é quase um pleonasmo, que vem sendo usado para contestar a propaganda ambientalista. 

Mas tal sustentabilidade requer estudo, conhecimento e experiência, que se obtêm enquanto mais longe se estiver dos exageros emocionais do ambientalismo. Muitas universidades e institutos de pesquisa, como a Embrapa, vão descobrindo novas técnicas e maneiras de cultivo mais apropriadas ao nosso clima tropical. Os próprios produtores rurais percebem isso e adotam o que vai sendo descoberto.

Graças a esse esforço e à descoberta de novas técnicas, foi possível transformar o Brasil no segundo maior exportador de grãos do mundo. Essa realidade é omitida pela propaganda ambientalista, que continua disseminando falsidades.

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