segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Verdadeiro ambientalismo e ambientalismo sectário





Psicose Ambientalista (VI)

No seu sentido ordenado e bom, o ambientalismo consiste na preservação da natureza — o conjunto dos elementos terra, água e ar — a fim de propiciar uma vida saudável das plantas, dos animais e especialmente dos homens.

Conforme se lê no Gênesis, já na criação Deus dispôs a natureza para servir ao homem. As plantas e os animais, ao se reproduzirem, servirão de alimento para o homem. Entretanto, Deus estabeleceu como punição pelo pecado de Adão o trabalho penoso: 

“Os meus eleitos comerão eles mesmos o fruto do trabalho de suas mãos” (Is. 65, 17-25). Em consequência do pecado, a natureza tornou-se hostil, e precisa ser dominada pelas habilidades e talentos que Deus concedeu ao homem. 
Tal domínio requer conhecimento de regras, leis e segredos da natureza, de forma a utilizar de maneira sapiencial todos os seus recursos. Esse é o aspecto utilitário da natureza.

Do ponto de vista metafísico, este aspecto se transcende, sem contudo dispensar nem diminuir o esforço humano.

O conhecido lema ora et labora, praticado e difundido pelos monges beneditinos desde o século VI, proporcionou o processo civilizatório da Europa, pois a visão metafísica, quando bem entendida, ajuda o homem a mobilizar todas as suas energias para a realização da perfeição. 

No século XIX, o grande historiador Montalembert rendeu homenagem a esses monges, pelo grande trabalho agrícola que empreenderam: 

“É impossível esquecer como souberam aproveitar tão vastas terras incultas e desabitadas (um quinto de todo o território da Inglaterra), cobertas de florestas e cercadas de pântanos”. 

Essas eram, com efeito, as características da maior parte das terras que os monges ocupavam, em parte por tratar-se de lugares mais retirados e inacessíveis — o que favorecia a vida em solidão — e em parte por serem terras que os doadores leigos lhes ofereciam. 

Ao desmatar as florestas para destiná-las ao cultivo e habitação, tinham o cuidado de plantar árvores e conservar as matas, dentro do possível.

O historiador norte-americano Thomas Woods, em sua obra Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental, destaca um exemplo particularmente vivo da salutar influência dos monges no seu entorno físico, analisando os pântanos de Southampton, na Inglaterra. (Continua)


Nenhum comentário: