terça-feira, 10 de julho de 2012

Toda a verdade sobre o Paraguai...




... dita pelo deputado mineiro LAEL VARELLA  (Sem revisão do orador)
 
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, queremos manifestar o nosso apoio aos Parlamentares paraguaios que vieram visitar esta Casa, acompanhados de produtores rurais chamados de brasiguaios, a fim de nos esclarecer e, ao mesmo tempo, defender a soberania paraguaia na justa e legal deposição do ex-bispo Fernando Lugo.

O Parlamento paraguaio tem dado exemplo de coragem a toda a América Latina, ao não se sujeitar às aspirações socialistas bolivarianas de Hugo Chávez e de seus comparsas, como os sanguinários ditadores da infeliz Cuba. Aliás, os paraguaios deram um exemplo ao Brasil,que, muitas vezes, se utiliza de um discurso democrático para apoiar as piores ditaduras de esquerda.

Três Parlamentares paraguaios, os Senadores Miguel Saguier, do Partido Liberal Radical, e Miguel Carrizosa, do Movimento Pátria Querida, e o Deputado Davi Ocampo, da União Nacional de Cidadãos Éticos, acompanhados de um representante dos produtores rurais do país vizinho, cumpriram intensa agenda em busca de apoio ao novo governo do Paraguai, instalado após o impeachment do então Presidente Fernando Lugo, no dia 22 próximo passado.

Cabe ressaltar que eles fizeram uma denúncia gravíssima, a de que na quinta-feira, dia 21, durante o processo de impeachment, o próprio Chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, visitou os quartéis paraguaios e propôs aos militares que cercassem o Congresso para evitar o processo. 
As Forças Armadas nos disseram que Maduro pregou a sublevação, disse Carrizosa. Contudo, o impeachment foi votado na sexta-feira, à tarde.

Já Saguier discorreu sobre a legalidade do processo e de sua rapidez, pois havia o risco de Lugo ordenar aos militares que impedissem a reunião do Senado.Corríamos o risco de ter dois presidentes: Lugo e Chávez, acrescentou o Senador. 

Os Parlamentares paraguaios rejeitaram qualquer comparação do processo de afastamento de Lugo com o golpe que depôs Manuel Zelaya, em junho de 2009, em Honduras. 

Lá, sequestraram o Presidente, que estava de pijamas, e o mandaram para outro país. Quem assumiu o governo foi o Presidente da Câmara. No Paraguai, o Vice-Presidente assumiu o governo depois da saída de Lugo. Ele também foi eleito. Se tem alguma semelhança, é com o processo brasileiro, disse o Senador Carrizosa.
 
Acompanhados de representantes da embaixada do Paraguai no Brasil, os Congressistas paraguaios almoçaram com uma comissão da Frente Parlamentar da Agropecuária, que representa cerca de 230 Parlamentares brasileiros. 

O Presidente da Comissão, Homero Pereira, do PSD de Mato Grosso, manifestou apoio aos colegas vizinhos e ao novo governo do Paraguai. Estamos solidários ao novo governo paraguaio. Fomos informados de que todos os ritos foram seguidos e foram respeitadas todas as normas institucionais, afirmou.
 
Os paraguaios disseram ainda que 95% da população é a favor do impeachment de Lugo e lembraram que nas votações que depuseram o Presidente, 76 dos 80 Deputados e 39 dos 45 Senadores apoiaram a sua saída. Eles afirmaram ainda que o Paraguai passa por um momento de tranquilidade, como se nada tivesse acontecido, e não há censura, estado de sítio ou presos políticos no país. 

Sr. Presidente, os chamados brasiguaios, produtores rurais brasileiros que prosperaram no Paraguai e que exercem importante papel na economia local, estavam e estão entre os alvos principais dos ditos sem-terra. Propriedades já foram invadidas e depredadas. O governo de Fernando Lugo incentivava ou fingia nada ver até a chacina dos guerrilheiros no último dia 15, quando o governo perdeu todo o apoio dos produtores rurais e da população ordeira do país.
Assim os agricultores e empresários de origem brasileira se reuniram ontem com o Presidente paraguaio, Frederico Franco, para manifestar apoio ao novo governo e pedir a criação de políticas que promovam a paz no campo. Franco prometeu aos brasiguaios trabalhar para cumprir o pedido deles.
Representantes de 350 mil brasiguaios, como são chamados os brasileiros que vivem no Paraguai, também encaminharam documento à Presidente Dilma Rousseff pedindo para reconhecer o novo governo paraguaio. Esses brasileiros relatam que sofreram perseguição nos últimos anos e ficaram impedidos de trabalhar, vivendo ameaçados pelos carperos, os sem-terra de lá.

Solicitamos que o governo do Brasil, no menor tempo possível, reconheça o novo governo paraguaio e restabeleça a fraterna relação que sempre existiu entre os dois países. Esta decisão é fundamental para dar tranquilidade ao povo paraguaio e à comunidade brasileira que vive em território paraguaio, diz o documento.

Sr. Presidente, a questão do Paraguai e de Cuba passa a ser ponderada e mensurada com a política dois pesos e duas medidas, conforme denúncia do site Destaque Internacional: 

São dois pesos e duas medidas injustas, arbitrárias e inaceitáveis. Os governos de esquerda, radicais e moderados, ao mesmo tempo em que pressionam o Paraguai, abrem as portas dos máximos organismos regionais como a OEA, o Mercosul e a Unasul à Cuba comunista.

O Poder Legislativo do Paraguai destituiu o esquerdista presidente Lugo em uma rápida e quase unânime votação na Câmara dos Deputados e no Senado: 76deputados, de um total de 80, e 39 senadores, de um total de 45, votaram a favor da destituição.

Os legisladores paraguaios alegam que se basearam estritamente na Constituição, a qual permitiria processos rápidos de destituição. Os governos mais radicalmente esquerdistas e antidemocráticos da região, Venezuela, Bolívia e Equador, começaram a rasgar as vestes e falam de golpe. 

Governos da esquerda mais moderada estudam a possibilidade de suspender o Paraguai de organismos regionais como o Mercosul e a Unasul, sob alegação de se violar as denominadas cláusulas democráticas que constam dos estatutos de ambas as entidades internacionais, das quais o Paraguai é membro.

O concreto é que tanto os governos da esquerda radical quanto os governos da esquerda moderada, ao mesmo tempo em que agora começam a pressionar o Paraguai, abrem as portas dos máximos organismos regionais como a OEA, o Mercosul e a Unasul à Cuba comunista. 
O eixo de governantes de esquerda, radicais e moderados, abrem portas, braços e cofres aos ditadores comunistas, apesar de que em Cuba se violam desde há mais de meio século todos e cada um dos princípios democráticos que hoje se alegam para condenar a complexa situação política paraguaia."

Sr. Presidente, a Câmara dos Deputados deve enviar uma moção de apoio e amizade ao Parlamento paraguaio e ao novo governo eleito democraticamente de Fernando Franco.

Não podemos fazer como o governo brasileiro, por exemplo, que trata de justificar seu silêncio em relação à violação dos direitos humanos na Cuba comunista, alegando o princípio da não intervenção nos assuntos internos dos Estados, e na hora de pressionar o Paraguai parece se esquecer desse mesmo princípio de não intervenção.

Que seja restabelecida a coerência, a amizade e a paz no campo no país vizinho e aliado.

Tenho dito.


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