quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Realidade rural


Classes D e E detêm mais de 70% dos imóveis rurais, mas respondem por 7,6% do valor da produção



Apesar disso, esses estabelecimentos representam apenas 32,9% da área ocupada e 7,6% do Valor Bruto da Produção (VBP).


Já as classes A e B, que têm 5,8% dos imóveis rurais, detêm 38,5% da área e 78,8% do VBP.


A classe C, a classe média do campo, tem apenas 15,4% das propriedades rurais, 13,6% de participação no VBP e 18,1% da área.


Os números, baseados em dados do IBGE, fazem parte de um estudo feito pela Fundação Getulio Vargas sobre a distribuição da renda no campo, encomendado pela CNA.


Um dos principais fatores que definem a diferença entre as classes no campo, e inclusive a sobrevivência do setor, é o uso de tecnologia na produção, já que ela é a responsável pela passagem de uma classe para outra.


O estudo mostra que as classes D e E dependem fortemente de outras fontes de renda para se manter no campo.


Enquanto as classes A e B têm 94% de suas receitas líquidas geradas por suas atividades agropecuárias, na classe C esse número cai para 73% e, nas classes mais baixas, para apenas 30%.


Nas classes D e E, 52% da renda provêm de aposentadorias e programas governamentais.


A pesquisa, que mostra também a quantidade de recursos investidos por cada classe em insumos, mão de obra e as fontes de financiamento, deve servir para a elaboração de proposta da CNA de uma nova política agrícola para o país, que o governo já vem discutindo há algumas safras.


Fonte: Danilo Macedo (Agência Brasil)

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