quinta-feira, 12 de maio de 2011

Código Florestal: PT não quer votar...

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... e quer decretos em vez de leis




O governo fez as contas e chegou à conclusão de que a votação do Código acabaria anistiando quem havia desmatado.


Por isso, o líder do governo surpreendeu a base aliada e pediu que a votação fosse adiada mais uma vez.


"Eu fiz um acordo com a maioria da Casa e nós detectamos, porque temos conhecimento e temos algum tempo de janela aqui na Casa, que muitos deputados, infelizmente, diziam que iam votar de um jeito e preparavam a votação de outro", afirmou o líder, que evitou classificar a atitude como traição.


O destaque do DEM pretendia retirar esse dispositivo, permitindo estabelecer as exceções para uso das Áreas de Preservação Permanente (APPs) diretamente na lei e não por decreto, como pretende o governo.


O petista disse que a mudança proposta pelo DEM e que estaria sendo apoiada "nos bastidores" por alguns deputados da base aliada causaria prejuízos à imagem do país e anistiaria desmatadores sem critério.


"A emenda da oposição, um dos pontos dela retoma o relatório original (da comissão especial da Câmara) que consolida tudo que já foi feito (nas APPs)", afirmou.


"Nós queremos fazer isso por decreto presidencial, com estudo detalhado, aquela área que não precisar ser consolidada não será, ali pode virar floresta, área de proteção ambiental. Nós não queremos começar consolidando tudo e anistiando todo mundo que desmatou", argumentou.

O líder do governo conseguiu apoio do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), para tentar impedir a votação da reforma do Código Florestal, mas o parlamentar estabeleceu uma condição.


"Se o governo não mudar, eu não mudo mais, porque o importante para mim é o que esse país quer, o que essa Casa quer. Mas digo ao governo que o PMDB não vota mais nada nessa Casa sem votar o Código Florestal", disse.

Fonte: REUTERS - Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello - OESP


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