sábado, 30 de abril de 2011

Etanol: 1ª minidestilaria



Descentralização da


produção de álcool?


Qualquer proprietário rural pode comprar uma moedora de cana e produzir álcool para o seu trator ou veículo movido a álcool e sair andando. A cana não precisará ser levada a uma grande usina de açúcar e álcool para se transformar em álcool.


USI, FAV e Grupo E-Usinas se unem para apresentar para o mundo a primeira minidestilaria para produção de etanol no Agrishow 2011 (2 a 6 de maio).


Trata-se de uma das maiores iniciativas para fornecer a pequenos produtores, cooperativas e prefeituras a possibilidade da produção do bioetanol por meio desta miniusina inovadora.


O empreendimento poderá ser credenciado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), Ministério da Agricultura (MAPA), já estando cadastrada no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).


O equipamento é capacitado para a moagem de 40 a 50 toneladas de cana por dia e produção diária de 500 a 5 mil litros de etanol a preços competitivos.

A aquisição da minidestilaria traz grandes benefícios aos produtores, a começar pela possibilidade de credenciamento junto a ANP para fornecimento de álcool etílico combustível para fins automotivos.


“Além de ser uma iniciativa inovadora, a usina inteligente também garante redução de custos com transporte do produto primário à refinaria e geração de empregos em áreas rurais”, complementa o diretor-presidente da FAV, Osvaldo Mazer.


As biorrefinarias foram desenvolvidas com tecnologia simples, preservando questões sociais e ambientais, com baixo consumo de energia e custos reduzidos de manutenção.


O combustível produzido pode ser usado em automóveis, motos, geradores, fogões, tratores, aviões agrícolas e o bagaço restante pode ser destinado à alimentação animal.


Além da cana, a mini-destilaria permite a produção de etanol, especialmente na entressafra, a partir de outras matérias-primas, como mandioca, sorgo sacarino, cereais entre outras, podendo ser utilizada também por produtores que não têm qualquer relação com o setor sucroalcooleiro, além de ser incorporado, ainda, pelo poder público municipal.

As três empresas envolvidas já estão aumentando suas linhas de montagem para suprir as necessidades do mercado. Para viabilizar uma biorrefinaria, há recursos especiais que podem ser conseguidos junto ao BNDES.


“Na realidade, todos têm a ganhar com o projeto, que não requer grandes investimentos ou infra-estrutura complexa”, salienta Dirceu Martins Azevedo, da E-Usinas.

Segundo Eduardo Mallmann, da USI, “Com o apelo mundial por energia limpa e renovável, a utilização de mini-destilarias em comunidades, associações, cooperativas, prefeituras, e propriedades rurais, vão se tornar uma realidade mundial. Todos os elementos da cana podem ser utilizados, inclusive o bagaço e o vinhoto. Tudo, claro, tem destinação no desenvolvimento sustentável e na qualidade de vida”.


O equipamento, com patente requerida junto ao INPI, levou quatro anos de desenvolvimento tecnológico e contou com a parceria das três empresas e o apoio de entidades como UFRGS, UFSM, ITP, Embrapa, Emater, Banco Mundial, Projeto Gaia e ABIMAQ.

Fonte: www.usibiorefinarias.com e www.faguavermelha.ind.br

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