Brasil disputará a final com Cuba?

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A produção de açúcar em Cuba caiu aos níveis de 1905. Isso devido a gestão "ineficiente"
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Se a situação não mudar, chegaremos lá!

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A indústria açucareira cubana naufraga por onde quer que se olhe.

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Dois dias depois de o governo de Raúl Castro ter destituído o ministro do ramo, Luis Manuel Ávila, por "deficiências em seu trabalho", o jornal "Granma" entrou em cena com dados demolidores:

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"a safra deste ano será a pior dos últimos 75, quando Cuba produziu apenas 1,2 milhão de toneladas de açúcar. Segundo o órgão oficial do Partido Comunista, a colheita atual foi "péssima em produção e eficiência".
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"Desde 1905 o país não registrava uma campanha açucareira tão pobre", afirma, indicando entre as causas dessa derrocada a ineficiência crônica e "um elevado grau de imprecisões e voluntarismo".

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Não há dados oficiais sobre qual era a estimativa de produção da safra 2009-2010, mas vários analistas a situam em torno de 1,4 milhão de toneladas, semelhante à do ano anterior.

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Segundo o "Granma", "no final de maio" o atraso "supera as 230 mil toneladas", e falta pouco mais de um mês para concluir a temporada.
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Segundo analistas, o resultado final da colheita poderá ficar em torno de 1,1 milhão de toneladas, "ou ser até menor".

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Como dados de referência: em 1924, a safra foi de 4,2 milhões de toneladas; em 1958, de 5,6 milhões; em 1990, o último ano da irmandade com a União Soviética, a produção superou os 7,8 milhões de toneladas.
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A catástrofe é evidente. Desde que se iniciou a safra no final do ano passado, só cumpriram o plano estipulado dez das 44 fábricas de açúcar que ativaram seu maquinário nesta temporada.

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E se falarmos de territórios só duas das 14 províncias cubanas conseguiram cumprir seus compromissos. Segundo o "Granma", faltaram "controle e exigência" ao Ministério do Açúcar.
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A realidade é que chove no molhado. Desde que a ilha iniciou um processo de reconversão selvagem, o setor não levantou a cabeça.

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Entre 2002 e 2004, Cuba reestruturou o setor açucareiro, o que representou o fechamento de quase uma centena de fábricas: das 156 que existiam, ficaram 61 e foram eliminados mais de 100 mil postos de trabalho.

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Além disso, a superfície de cultivo diminuiu de 2 milhões de hectares para cerca de 750 mil, segundo dados oficiais.
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Na temporada 2008-2009, a ilha produziu 1,4 milhão de toneladas de açúcar e faturou mais de US$ 600 milhões.

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Muito longe dos US$ 4 bilhões que obtinha quando o açúcar era a principal fonte de divisas e seu produto de exportação mais importante.
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Fonte: UOL -Mauricio VicentEm Havana (Cuba) Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves