terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Hoje, a COSAN...

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... amanhã, qualquer proprietário rural

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A Cosan S.A. reagiu à sua inclusão na chamada "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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A empresa divulgou comunicado no qual afirma que sequer teve conhecimento do processo que culminou na sua inserção no cadastro de empresas flagradas pela fiscalização do MTE mantendo trabalhadores em situação análoga à escravidão.
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O Valor apurou que a Cosan vai entrar na Justiça com um mandado de segurança para retirar seu nome da lista negativa.
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Após a divulgação do comunicado, porém, a empresa sofreu novo golpe. No início da noite, o BNDES informou que decidiu suspender, em caráter preventivo, todas as operações com a empresa e que novos contratos somente serão feitos após a exclusão da companhia da lista.
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Em junho de 2009, o banco aprovou R$ 639 milhões para implantação da usina de Jataí (GO) e de R$ 149 milhões para projeto de cogeração na unidade de Gasa (SP) da Cosan.
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Sobre os contratos em fase de desembolso à companhia, o BNDES informou que a retomada das liberações dependerá da avaliação do banco quanto "à efetividade e suficiência das medidas trabalhistas e legais a serem implementadas pela empresa".
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Os papéis da Cosan, maior sucroalcooleira do Brasil, fecharam com forte queda nas bolsas. As ações ON tiveram desvalorização de 5,32% na BM&F Bovespa. Os American Depositary Receipts (ADRS) da Cosan Limited negociados na bolsa de Nova York recuaram 3,46%, segundo a Bloomberg.
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Em seu comunicado, a Cosan explicou que as irregularidades foram identificadas pelos fiscais do ministério em 2007, em uma empresa terceirizada (José Luiz Bispo Colheita) contratada na época para realizar serviços de corte de cana. Naquele momento, segundo o documento, a Cosan foi envolvida na ação do ministério como responsável solidária.
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A atitude da empresa terceirizada, afirmou a Cosan no comunicado, não contou com a cooperação ou concordância da companhia. "Independentemente disso, a Cosan adotou diversas providências, dentre as quais o pagamento de todas as despesas necessárias à regularização de tais trabalhadores". No documento ao mercado, a companhia afirma que naquela época descredenciou a José Luiz Bispo Colheita como fornecedor.
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O presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, afirmou que a entidade tomará providências para evitar que novamente aconteçam "arbitrariedades" do MTE com as empresas do setor. "Vamos analisar que medidas serão tomadas, mas teremos que levar essa discussão para outras instâncias", afirmou.
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A assessoria do MTE foi procurada, mas não retornou.

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Fonte: Valor Econômico

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