segunda-feira, 11 de maio de 2009

Se todos procedesem assim...

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Quartiero resiste até o fim!
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Ao expirar o prazo para a saída dos não índios da Raposa/Serra do Sol, Paulo César Quartiero resistiu até o fim. De fato, foi um dos primeiros a receber a visita da Polícia Federal no dia seguinte, 1º de maio.
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25 agentes foram à Fazenda Providência, em cujas terras Quartiero cultivava arroz. O ex-proprietário estava só. Encontraram-no sentado num banco de madeira [foto], sob a copa de uma mangueira.
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Instado a deixar a propriedade, Quartiero bateu o pé. 'Se houver determinação judicial eu saio; na conversa, não'. 'Meu interlocutor não é o senhor nem a Funai, mas a Justiça. Não aceito ser colocado para correr feito cachorro'.
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Não tendo como lutar contra a sentença do STF, Quartiero dificultou no que pôde o trabalho do delegado. O policial advertiu-o três vezes. E nada. O delegado acionou o Judiciário, Jirair Meguerian, desembargador encarregado da tarefa. Sete horas depois, o desembargador desceu de um helicóptero do Exército.
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Estava acompanhado de dois juízes federais e de representantes do MP e da AGU. Aquiescendo a uma exigência de Quartiero, redigiu a mão um 'mandado de desocupação'. Atestou a existência de arroz a ser colhido - 400 hectares.
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Quartiero: 'Vocês estão levando tudo de mim, minha fazenda, meu arroz e agora querem minhas máquinas?...' '...Não querem também levar minha mulher e filhos?' Ameaçou atear fogo às máquinas em vez de cedê-las ao governo.
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Quartiero arriscou um último pedido ao desembargador: 'Deixe-me ficar até a colheita'. E o magistrado: 'Não posso'.
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Depois disso, o ex-proprietário da Fazenda Providência e agora sem terra, tomou o rumo da porteira, a pé. O Desembaragador lhe ofereceu "carona" no helicóptero. Quartiero recusou: - "Na sua companhia?!"
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Fonte: Josias de Souza

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