segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Brasil de ontem, de hoje e de amanhã (I)

Sob o título em epígrafe, este Blog recebeu artigo do Pe. David Francisquini -- sacerdote zeloso das prerrogativas de Deus e da Igreja Católica -- atacando a corrente progressita do clero sobre a questão indígena. É com alegria que o GPS do Agronegócio o oferece a seus leitores.

“Quando ainda seminarista, presenciei – numa casa paroquial do interior do Paraná – dois sacerdotes conversando sobre o Conselho Indigenista Missionário. Não sabendo exatamente do que eles tratavam, colocaram-me ao corrente de suas novas incumbências junto ao órgão recém criado pela CNBB, da Igreja Católica: o indigenismo.


Surpreso, pois não havia índios por lá, e sequer eu vislumbrava o rumo que o clero tomaria na década de 70, quando me cai às mãos um livro de autoria e com dedicatória do pensador Plínio Corrêa de Oliveira: “Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do século XXI”.


Sua leitura veio trazer resposta à minha perplexidade. E observando hoje a celeuma sobre a demarcação de terras na Raposa Serra do Sol e a drástica intenção do governo em expulsar de lá os produtores de arroz, bem como a crescente agitação na América Latina em torno da questão indígena, percebo quanta razão tinha Plínio Correa de Oliveira.


Com efeito, o ideal missionário de catequizar, semear o Evangelho, a Fé, como fizeram Nóbrega, Anchieta e tantos clérigos que por aqui aportaram, não é mais compartilhado pelo clero de nossos dias. Ele promove uma luta de classes sistemática e um ecologismo radical que ferem toda forma de civilização.


Ao constituir missões entre os índios, a Igreja evangelizava ensinando o que o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou ao instituir a Santa Igreja Católica, isto é, expandir a Fé e os princípios por Ele ensinados e consignados nas páginas do Santos Evangelhos.


Com a evangelização, os missionários faziam obra civilizadora em que os silvícolas se beneficiavam da ação da Igreja, constituindo uma civilização plasmada nos princípios cristãos da propriedade particular, da família, da constituição de cidades estruturadas.

Ali, deveriam levar vida digna e desenvolveriam suas qualidades a serviço de si e de outros, além de criar ambiente propício à salvação eterna e à glória de Deus.


Ao contrario do ideal católico, a neo-missiologia prega o desmantelamento da família e da sociedade contemporânea, a extinção do pudor e a morte da tradição cristã. Os novos propulsores desse ideal acusam de tirano, opressor, sanguinário e ladrão o branco que veio para cá.


Eles acusam os missionários e os colonizadores que exerceram missão sagrada, como o Padre Anchieta, homem de grande santidade, que obteve grande êxito junto às tribos indígenas. Eles pregam o comunismo-tribal que se ufana de ser mais comunista do que o próprio comunismo.


O que dizer de alguém que pretendesse implantar isso no Brasil? Talvez pudesse ser qualificado de um demolidor utópico que visa destruir a nação, desmantelar a sociedade e levar o País ao caos, mais ou menos como já vem ocorrendo na Venezuela e Bolívia.


Os neo-missionários – acolitados por órgãos governamentais e não governamentais de todos os naipes – ora utilizando da força, da prepotência e da ameaça na tentativa de criar nações indígenas em nosso hinterland, conduzirão fatalmente o Brasil a uma revolução fratricida.
Prometo voltar ao assunto em próximo artigo.”

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