quarta-feira, 30 de abril de 2008

Entrevista com Príncipe



Caia na Real, Brasil!


Este Blog acaba de tomar conhecimento que o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança será entrevistado ao vivo, amanhã, dia 1º de maio, às 11,30 horas, no PROGRAMA ZEBU PARA O MUNDO.

O Príncipe que é coordenador de Paz no Campo falará sobre agronegócio, crise de alimentos,
direito de propriedade, revolução quilombola, questão indígena, MST e invasões de terra.

Não deixe de assistir ao vivo. Faça perguntas...

Amanhã, dia 1º de maio, às 11,30 horas.

Basta acessar:

ou
1280 Mhz - polarização horizontal

Amazônia em causa

Conceito de democracia questionado

A Juíza do Trabalho em Brasília, Marli Nogueira, indaga no MidiaSemMascara.org ao Senador Artur Virgílio (PSDB-AM) o que ele entende por democracia.

Vale a pena tomar conhecimento de suas perguntas:

Que democracia é essa que o senador Arthur Virgílio defende?

Desde quando um cidadão brasileiro, seja ele civil ou militar, não pode manifestar sua opinião sobre as decisões que o governo vem tomando?

Será que o imposto que o General Heleno paga é inferior ao que pagam os demais brasileiros?

Será que em um país onde juízes se manifestam até mesmo sobre assuntos que posteriormente irão julgar, colocando-se aprioristicamente a favor desta ou daquela parte, um general de exército, que não advoga ideologia alguma, é obrigado a calar-se diante dos desmandos de um governo para o qual a democracia está apenas no discurso?

Será que o ilustre senador (que se autoproclama "oposicionista") não percebe que o Comandante Militar da Amazônia, sabendo dos gravíssimos problemas existentes naquela região, tem não penas o direito, mas também o dever de alertar a sociedade?

Ou será que o senador, no conforto de seu gabinete, conhece mais os problemas da Amazônia do que o general que a comanda?

E se os conhece, por que não alerta, ele próprio, a sociedade – já que é Senador exatamente pelo Amazonas –, ao invés de ficar quietinho enquanto se espolia, às escâncaras, a região mais rica do planeta?

Como se justifica o seu silêncio?

Fonte: MidiaSemMascara.org

terça-feira, 29 de abril de 2008

MST em ação

Veja se pode?!

Policiais federais, militares e o Corpo de Bombeiros cercaram, na manhã desta terça-feira, a sede do INCRA, em Belo Horizonte.

Eles tentam cumprir a decisão da Justiça, que determinou a reintegração de posse do prédio ocupado ontem por cerca de 500 manifestantes (MST, quilombolas, atingidos por barragens e estudantes).

O clima é tenso depois que um carro do INCRA foi virado, na porta da sede, por manifestantes. O grupo não aceita negociar com a superintendência estadual.

As lideranças do MST alegam que o INCRA não avança nas funções dele, além de protestarem contra a defesa do governo federal ao agronegócio como modelo de desenvolvimento da agricultura.

A quem aproveita tanta desordem? -- Certamente não são os cidadãos honestos e que pagam uma enormidade de impostos!!!


Fonte: Juscelino Ferreira - TV Alterosa (Belo Horizonte)

Senadora rasga o verbo (IV)

Os absurdos do MST e da Reforma Agrária!

Segundo a senadora, existem três instrumentos legais para fazer Reforma Agrária. Ela disse não discutir o mérito da reforma agrária, mas apenas a legislação:

1) As terras públicas devolutas do INCRA que somam quase 170 milhões de hectares, que estão disponíveis ao Governo, sem que se tenha de gastar um centavo de indenização.

2) O crédito fundiário, que é um subsídio, empréstimo feito pelo Governo a um grupo de sem-terra que se reúne para comprar determinada propriedade e pagá-la no prazo de 30 anos.

3) E a desapropriação por improdutividade, ou seja, o INCRA visita a propriedade para verificar se é produtiva ou não, e, não o sendo, ela é desapropriada, indeniza-se o proprietário e a entrega para a Reforma Agrária.

Para se ter uma idéia, o Ministério da Reforma Agrária, no Orçamento de 2007, gastou R$3 bilhões apenas em custeio e em investimento.

Neste mesmo período, o Ministério da Agricultura que é responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), por um terço das exportações brasileiras, por um terço do emprego, gastou R$2 bilhões!

Acontece ainda que dos R$2 bilhões do Ministério da Agricultura, R$1 bilhão é destinado à compra da produção da pequena propriedade, transformando-a em cesta básica, num programa que se chama Compra Direta Local.

O importante não é assentar os brasileiros, precisamos emancipá-los. Quando se anuncia que um Município vai receber um assentamento – o que era motivo de alegria – virou transtorno.

Por quê? – Depois do assentamento instalado, jogam esses seres humanos lá sem a devida estrutura, e aí sobra para os cofres do Município crédito, casa, energia, água, estrada, algo que o Governo não complementa. E os assentamentos acabam se transformando em verdadeiras favelas rurais.


O assentamento tem de ter uma porta de saída, para que os assentados sejam inseridos no agronegócio brasileiro. O MST perdeu o foco e não coincide com suas operações, que são totalmente divergentes, e o Governo brasileiro não está vendo isso.

E o MST se estende para as cidades e cria os sem-teto invadindo terrenos e agredindo brutalmente o direito de propriedade no Brasil.

Senadora rasga o verbo (III)

Justa indignação contra o MST!

Eis os números destinados à preservação ambiental, às reservas indígenas e aos assentamentos da Reforma Agrária apresentados pela Senadora Kátia Abreu:

Assentamentos da Reforma Agrária = 77 milhões/hectares;
Reservas Indígenas = 108 milhões/hectares;
Unidades de Conservação = 176 milhões/hectares.

T O T A L = 361 milhões de hectares !

Se for levado em conta que a área da agricultura perene e temporária e para as florestas plantadas constituem 77 milhões de hectares e área das pastagens são 172 milhões de hectares, e, sobretudo, considerar que o Brasil tem 850 milhões de hectares, as invasões do MST só nos podem deixar indignados e escandalizados.

As invasões são antecipadamente comunicadas ao Governo e à imprensa: “Vamos atacar as propriedades rurais, vamos praticar a desordem e o descumprimento da Constituição”. E ninguém se previne, ninguém tenta fazer nada. Esse ninguém é o Governo Federal.
E, ainda, o amigo do Presidente, o líder do MST, Stédile, talvez pela intimidade que há entre eles – isso está hoje na Folha de S. Paulo – disse que o Governo Lula precisa criar vergonha na cara, para cumprir acordos feitos com ele!!!

Raposa Serra do Sol

Senadora rasga o verbo (II)

Kátia Abreu, em seu discurso do dia 18 último, chama a atenção para os 14 mil hectares reivindicados pelos rizicultores, pois na verdade eles se transformam em 24 mil hectares, pois são duas safras anuais. Talvez, seja o único segmento organizado e produtivo daquele Estado, que é menos de 1% da reserva indígena, e ainda o querem expulsá-los da região.
Mostra ainda que para a Reforma Agrária o INCRA estabelece um módulo rural para a família toda. O módulo varia por Estado sendo o de Mato Grosso o maior deles, com 100 hectares. Para cada índio são destinados 250 hectares, independentemente da idade, se é idoso ou bebê.

Muitos se enganam, acreditando que o Brasil é retalhado por grandes propriedades rurais. Há cinco milhões de propriedades rurais no País – cinco milhões! – e um milhão de propriedades comerciais. Se unirmos o Canadá, os Estados Unidos, a Austrália e a Argentina, os quatro países juntos têm 2,7 milhões de propriedades rurais.

Então, a média da propriedade rural brasileira é menor do que a destinada a cada índio brasileiro!!!

Raposa Serra do Sol

Senadora rasga o verbo (I)



No último 18/4/2008, a Senadora Kátia Abreu (Dem-TO) pronunciou relevante discurso sobre o direito de propriedade e a soberania nacional.


Depois de congratular-se com o General Heleno pela sua coragem, a senadora salienta que o Estado de Roraima está sendo fortemente prejudicado em seu progresso econômico.


Segundo ela, a questão Raposa Serra do Sol tornou-se alvo de polêmica. Hoje, isso se dá em Roraima, mas vem acontecendo também em Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso, no Pará, e, daqui a pouco, poderá ocorrer em Tocantins.


Em Roraima, há 18 mil índios e 1,7 milhão de hectares de área contínua de reserva, com várias etnias. Tal reserva está na divisa com a Venezuela, que também possui uma reserva indígena do outro lado, com a mesma etnia, com os mesmos familiares ianomâmis.


Trata-se de área contínua não apenas brasileira, mas que se estende pelas Guianas e pela Venezuela. É essa possibilidade, é esse perigo que o General Heleno quer mostrar para o Brasil.


Roraima cujo território é do tamanho de São Paulo tem hoje 93% de sua área em reserva indígena e em unidade de conservação ambiental, restando à população apenas 7% para a produção agrícola e industrial.


Toda a polêmica dos arrozeiros da Raposa Serra do Sol diz respeito a apenas 14 mil hectares. O que eles reivindicam é menos de 1% da área, ou seja, 0,68% da área de 1,7 milhão de hectares. Será que é tanto assim?

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Roraima & assemelhados – Má fé da esquerda

Raramente encontramos exemplo tão cristalino de que certa parte da esquerda brasileira prima pela má-fé intelectual. Veja esta pérola em dois recortes de jornal.

Se não aparecesse um especialista verdadeiro que tomou conhecimento da mentira deslavada, a versão esquerdista já seria realidade.

Não perca a paciência de ler, é muito elucidativo:

I) Má fé: “Roraima é brasileira graças a índios”
A advogada especialista em direito socioambiental Ana Valéria Araújo, que tem mais de 20 anos de experiência na questão indígena e dirige a fundação Fundo Brasil de Direitos Humanos, diz que o governo Lula deve negociar o quanto antes a retirada dos produtores de arroz da Reserva Raposa Serra do Sol. Ela avalia que o impasse pode ter desfecho pacífico, se a Polícia Federal agir com eficiência e o governo “fizer o que tem de ser feito”. “Se houver negociação rápida, colocando os pingos nos is”, pondera.


Em entrevista à TV Estadão, a advogada comentou que a decisão do STF de suspender a operação da PF não indica futura posição favorável aos arrozeiros. Ela entende que foi uma “decisão cautelosa”, com objetivo de “dar tempo para que o governo tome as medidas necessárias e negocie com o governo estadual para que se restabeleça a ordem e a lei em Roraima”.

“Roraima, na verdade, é brasileira por causa dos índios”, registra Ana Valéria, remontando ao período em que a Inglaterra reivindicou parte do território de Roraima para a Guiana, sua colônia, por volta de 1904. O impasse, mediado pela Itália, foi resolvido graças ao então advogado da causa brasileira, Joaquim Nabuco, que citou a presença dos índios como argumento favorável ao País. “O que mais pesou foi a conversa com os índios, que atestaram que queriam ser e se consideravam brasileiros.”

A especialista no tema rejeita a tese de que destinar os 1,7 milhão de hectares aos índios possa se tornar um problema de defesa nacional, como sugeriu o comandante do Exército na Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Para ela, o que há é uma “campanha e uma resistência muito grande por setores militares e de antiindígenas”.

Fonte: O Estado de S. Paulo, domingo, 13 de abril de 2008.

II) A História é outra (Resposta de José Theodoro M. Menck, Brasília):

Li, com surpresa, a matéria Roraima é brasileira graças a índios (13/4, A12), com a posição da “advogada especialista em direito sócio-ambiental Ana Valéria Araújo”.

Não quero entrar em questões referentes à advocacia, muito menos às “socio-ambientais” (seja lá o que isso quer dizer), mas não me posso omitir quanto ao absurdo histórico por trás das observações da colega — também sou advogado, mas não “especialista”, e sim doutor em História das Relações Internacionais, cuja tese de doutorado foi a questão da fronteira do Brasil com a então Guiana Inglesa (justamente onde se situa a reserva Raposa Serra do Sol).

No texto ela diz que “Roraima, na verdade, é brasileira por causa dos índios” e, mais avante, após invocar a causa defendida por Joaquim Nabuco junto ao rei da Itália em 1904: “O que mais pesou foi a conversa com os índios, que atestaram que queriam ser e se consideravam brasileiros.”

Com as vênias de estilo, devo dizer que tais declarações somente podem vir de quem nunca leu os 18 volumes que formam as três Memórias Brasileiras escritas e entregues por Joaquim Nabuco ao rei Vitório Emanuel III nos primeiros anos do século 20. Antes de tudo, deve ser dito que o Brasil perdeu a demanda, ao contrário do que deixa entender a dra. Ana Valéria.

Depois, o depoimento dos índios foi entregue pela Inglaterra, com todos eles se declarando ingleses — o território contestado havia sido “neutralizado” militarmente na primeira metade do século 19, mas a Inglaterra possuía grande presença civil na área, e quando, depois de mais de 60 anos, a questão veio a ser julgada, os ingleses conseguiram declarações dos caciques macuxis (os índios da terra) se declarando súditos da Inglaterra.

Em verdade, Roraima é hoje brasileira graças a centenas de desbravadores lusitanos que adentraram aqueles inóspitos rios ao longo dos séculos 17, 18 e 19, cujos nomes foram ciosamente registrados pela burocracia portuguesa e resgatados por Joaquim Nabuco em suas Memórias Brasileiras.

Em suma, estudando os documentos, vê-se claramente que Roraima é brasileira não obstante os índios, cujos pontos de vista não foram sequer considerados no laudo arbitral do rei da Itália, que dividiu a área, dando dois terços à Inglaterra e um terço ao Brasil (uma franca derrota para o País de que Joaquim Nabuco nunca se recuperou, pois nunca mais voltou a residir no Brasil). A autora perverteu a História.

Fonte: O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008.

Arrozeiro: “Deixa a gente trabalhar”

Retirada extemporânea


Se há falta de arroz no mercado interno, para o líder dos rizicultores de Roraima, Paulo Quartiero, a retirada dos plantadores de arroz da Raposa Serra do Sol “é uma atitude irresponsável, até genocida, porque pode comprometer a sobrevivência de nosso povo”.

E acrescenta ele: “Ao invés de estarmos preocupados com a Polícia Federal, nós poderíamos estar plantando uma área maior, para Roraima aumentar sua participação na produção de alimentos para o País”.

Quartiero diz que a política para a agricultura tem sido de “perseguição ao produtor” e o resultado é a ameaça de desabastecimento de trigo, chegou ao arroz, ameaça o milho e vai atingir a soja.

Ele apelou para o governo suspender a expulsão dos arrozeiros: “Quero fazer um apelo ao governo federal, para deixar a gente trabalhar”. O plantio da safra de inverno começa em maio.


Roraima tem uma das mais importantes áreas de produção de arroz do Norte do país: 3 milhões de sacas que abastecem 2 milhões de pessoas. Toda esta área está na área Raposa Serra do Sol.

Fonte: Jornal Folha de Boa Vista de 24-04-2008
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domingo, 27 de abril de 2008

Unidade territorial ameaçada

Se o leitor ainda não tomou conhecimento, não deixe de ver a apresentação feita por membros das Forças Armadas sobre o abuso da definição bem como o atropelamento do direito de propriedade nos assim chamados territórios quilombolas, territórios indígenas e territórios do MST ou da Reforma Agrária.

São 31 quadros. Além de fácil leitura são apresentados com muita concisão.

O quadro 30 mostra o que restaria do Brasil, caso todas as reivindicações territoriais quilombolas, indígenas e MST forem acatadas. Sobraria pouco Brasil para os nossos filhos e netos!

Clique abaixo:

http://www.divshare.com/direct/4335862-142.ppt

Fonte: Ex-blog do Cesar Maia.

Territórios quilombolas: Vêm aí novas regras para demarcação

O grupo de trabalho coordenado pela AGU deve apresentar instrução normativa sobre o Decreto 4887/2003 que estabelece o procedimento para titulação das terras ocupadas por quilombolas.

"Queremos fortalecer o decreto, aprimorar a sua execução e os entendimentos que são necessários para acelerar o processo de regularização das comunidades quilombolas", disse o secretário de Comunidades Tradicionais da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Alexandro Reis.

Na semana passada, 300 quilombolas estiveram em Brasília para uma consulta pública. No início de maio, eles devem avaliar em um encontro as propostas aceitas e rejeitadas pelo governo.

"Entre as sugestões aceitas está a participação dos quilombolas durante o trabalho de pesquisa, redução do prazo para contestação de 90 para 30 dias e tempo indefinido para reabertura de processo arquivado" conta uma das representantes da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas Rurais Negras – Conaq – Clédis Souza.

Segundo ela, há uma "pressão" de setores do governo e da sociedade para que sejam restringidos os territórios quilombolas de Marambaia, no Rio de Janeiro, e Alcântara, no Maranhão. Esses territórios são considerados estratégicos para a defesa nacional.

"É uma pressão a que a gente está tentando resistir. Não dá para ceder agora, senão vai acontecer em todos os quilombos. Marambaia e Alcântara são marcos da comunidade quilombola que estão se perdendo. As comunidades não podem ficar confinadas, sem terra para garantir seu sustento", defende a representante da Conaq.

Fonte: Agência Brasil, 23 de Abril de 2008

Abril vermelho: MST invade em Minas

O MST acaba de invadir a Fazenda Paraíso, no município de Uberlândia (MG), como parte do "abril vermelho". Este bando continua burlando escancaradamente de todas as leis e, ao mesmo tempo, usufruindo de todas as regalias governamentais.

Seus líderes dizem que querem pressionar o INCRA – como se este órgão precisasse de pressão – para agilizar os assentamentos (leia-se: Territórios do MST) de mais quatro mil acampados no Estado.

O INCRA informa que a fazenda invadida – de 509,85 hectares – é produtiva. Este Blog pergunta: Ainda que não fosse, é lícito avançar sobre a propriedade alheia apenas pelo fato de ela não estar produzindo? Eu deixo minha casa fechada por algum tempo e a mesma pode ser invadida por tal razão? Aonde vamos parar?

Abusus non tollit usum!

Fonte: OESP, 24 de abril de 2008

50 milhões de hectares de pastagens subaproveitadas?! E os 63 milhões de hectares da Reforma Agrária?

O Jornal O Estado de S. Paulo publica hoje (27/4/08) artigo de Márcia De Chiara afirmando que o País poderá resolver a crise mundial de alimentos, desde que utilize 50 milhões de hectares de pastagens subaproveitadas para a plantação de grãos.

Segundo projeções do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, poderemos atingir a produção 350 milhões de toneladas grãos, sem derrubar uma única árvore.

Além dos grãos, o ex- ministro diz que poderemos multiplicar por sete a área com cana-de-açúcar para produção de etanol sem afetar a produção de comida. Hoje a cana-de-açúcar destinada ao etanol ocupa 3,6 milhões de hectares.

Atualmente, sem resolver problemas nos portos, rodovias e ferrovias, financiamento ao produtor, além da falta de empenho do Brasil nas negociações internacionais sobre acesso aos mercados, não temos condições de aumentar sequer 10 milhões de toneladas!

A propósito, este Blog não resite em levantar uma questão. Por que não se fala dos 63 milhões de hectares já agro-reformados? Se Reforma Agrária tivesse resolvido ou resolvesse alguma coisa, hoje estaríamos com o problema mais que solucionado!

Afinal, onde se encontram as estatísticas da produção dos assentamentos da Reforma Agrária? Quanto dinheiro público já foi gasto neles? O que faz o INCRA e o governo com o dinheiro dos nossos impostos?

Fonte: OESP, Domingo, 27 de Abril de 2008

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Exclusão dos proprietários!

Paz no Campo faz campanha contra a exclusão dos proprietários

Leia o último boletim Sem Medo da Verdade e participe dessa iniciativa:

Exclusão dos proprietários!

O grupo de trabalho, montado pela Advocacia Geral da União - AGU, composto por representantes de 25 instituições do Governo, acertou com os quilombolas e excluiu os proprietários das negociações.

1. Segundo nota da Assessoria de Comunicação Social da AGU (28/03/2008), os quilombolas estão representados no GT pelo Conaq – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. Os proprietários não foram convidados..

2. O GT substituiu as audiências públicas por um “Seminário Nacional de Consulta Pública à Nova Instrução Normativa do INCRA” nos dias 15 a 17 de abril, com participação de 300 representantes das comunidades quilombolas, que apresentarão propostas. Eles terão passagens e despesas pagas pelo Poder Executivo. Perguntamos: e os proprietários? Foram esquecidos? Ou trata-se de política de uma só mão, com exclusão das vítimas desse processo?

3. Após o Seminário, o GT se reunirá com representantes regionais das comunidades quilombolas para sistematizar as propostas apresentadas. Os proprietários novamente excluídos!

4. O novo texto será apresentado depois às lideranças quilombolas e à Presidência da República. Nova exclusão!

Para o quilombola autodenominado tudo; para o proprietário legítimo, nada.

Não nos deixemos iludir. A origem da Revolução Quilombola está no modelo ideológico que se criou, formatando-se por Decreto, Instruções Normativas a Portarias, não o que está na Constituição, mas uma nova forma de coletivização , provocando divisão e conflito racial, ao mesmo tempo em que desfecha mais um golpe contra o direito de propriedade privada de terras devidamente escrituradas e em plena produção.

Se você considera que o direito à propriedade particular é inalienável, participe agora desta manifestação – apelo ao Sr. ministro da Advocacia Geral da União! Convide seus amigos a participarem.


Para saber mais: http://www.fundadores.org.br/paznocampo/acao/140408/


Para se manifestar: http://www.fundadores.org.br/paznocampo/acao/140408/dcamp.asp?oc=2

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Territórios do MST: Assentamentos da Reforma Agrária = territórios para novas invasões

Com a escalada dos preços dos alimentos não só aqui, mas no mundo todo, seria bem o caso de se saber como vêm sendo exploradas as terras onde já se fez a Reforma Agrária no Brasil.

Pelo visto, não produzem nada, caso contrário o governo federal estaria faturando em cima! Só sabemos que as terras em mãos de “assentados” já ultrapassam às exploradas pelos particulares. Destas, sim, todos sabem: espera-se para este ano uma safra de 140 milhões de toneladas de grãos!

Afinal, o que a média dos brasileiros sabe sobre os tais assentamentos da Reforma Agrária? – Muito pouco ou nada! Sobretudo os citadinos que podem ser levados a pensar que a aplicação da “Reforma Agrária” esteja aumentando a produção de alimentos e resolvendo a questão dos pobres, ou mesmo evitando que eles migrem para os grandes centros.

Veja o que vem acontecendo no Rio Grande do Sul com os assentamentos: as áreas agro-reformadas não passam de territórios do MST para novas invasões! Os invasores da Fazenda Southall, município de São Gabriel, são na sua maioria assentados, denuncia a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul.

A Justiça gaúcha deu prazo até o próximo dia 25 do corrente para que o MST deixe o local. Enquanto isso, os produtores rurais da região seguem em vigília próximo à fazenda invadida pelo MST e exigem a identificação de todos os invasores.

Territórios do MST! Assim como já se fala em “nações” indígenas, “nações” quilombolas, não tardaremos a começar ouvir a expressão “nações” do MST... A continuar assim, brevemente o Brasil deixará de ser brasileiro.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Leitor de Salvador nos escreve: O que faz o MST, Srs. bispos?

A suspensão, pelo STF, da operação da PF para a retirada dos brasileiros da Raposa Serra do Sol trouxe alívio para nós que vivemos sobressaltados.

Jarbas Passarinho chama a atenção hoje, no jornal “Estado de Minas” (15/4/08): “O bispo que estimula as invasões de empresas rurais ‘sem o que não haverá reforma agrária’ não tem medo de censura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).”

Infelizmente, a realidade é pior. O bispo que assim age está seguro de receber o incentivo e a solidariedade de seus colegas – cada vez mais ausentes dos púlpitos – e de pastores omissos na guarda de seus rebanhos.

Encastelam-se nas muralhas de Itaici para obstinadamente dardejar desatinos contra a manutenção da unidade nacional e o sentir ainda pacífico e ordeiro da maioria dos brasileiros.

É o que se pode deduzir da nota oficial da CNBB alegando “não poder ser premiados os que violam sistemática e impunemente a Constituição, invadindo e ocupando de maneira ilegal terras que não lhes pertencem a nenhum título”.

Abril amarelinho? Bonitinho, hein!

Veja a tática do MST para burlar a Justiça lá no Pará. Resolveu simplesmente trocar a cor da camisa de “vermelha” para “amarela”!


Fonte: CBN; Ronaldo Brasiliense e Flávio Freire - O Globo; O Globo Online; Globonews TV; ClicRBS

Afinal, de que adianta mudar a cor se a meta é continuar desrespeitando a lei? Talvez eles imaginem que as autoridades sofram de daltonismo, isto é, defeito visual que leva seus portadores à confusão de cores!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Raposa Serra do Sol - “Vítimas” rendem dividendos!

O presidente Lula disse recentemente na Holanda que “tem” arrozeiro querendo passar por vítima na Raposa Serra do Sol (RR) e que o governo não quer usar de violência para a retirada deles.

Não queremos que ninguém seja vítima de ação do governo, mas tem algum arrozeiro criando caso”, afirmou. “Não vamos fazer vítimas”, disse o presidente.

O tal “abril vermelho” é assim denominado em razão das “vítimas” de Eldorado de Carajás tombadas num mês de abril. Os brasileiros de boa memória devem se lembrar do incidente no qual um bando do MST atacou os policiais e no revide eles perderam 19 “companheiros”.

Não eram “vítimas” que o MST queria? – Vítimas rendem dividendos! E o MST sabe disso! Quantas invasões, quanta publicidade o MST continua recebendo em detrimento das pobres vítimas de Eldorado de Carajás!

O Presidente Lula deve conhecer bem a importância da “vítima”, sobretudo em nosso edulcorado Brasil. Talvez seja esta a razão pela qual ele não queira “vítimas” do lado dos arrozeiros. Poderia perder pontos no Ibope!

Pesquisa eloqüente: Raposa do Sol continuará sendo brasileira?

O jornal O Estado de São Paulo está promovendo uma pesquisa de opinião sobre a retirada ou não dos rizicultores da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

A pergunta formulada é:

Você concorda com a ação?

Sim: 184 votos = 26%

Não: 534 votos = 74%

Total: 718 votos.

Fonte: Portal do Jornal O Estado de São Paulo, 14/4/08

NÃO À SECESSÃO DO BRASIL!

É mais atual do que nunca o artigo “Ao Papa ignoto” que o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira escreveu para “Folha de S. Paulo” em 14-10-78.

O autor analisa um documento de 52 missionários da Amazônia sobre a questão dos povos indígenas e os rumos indesejados para os quais o referido documento poderia conduzir o Brasil.

Suas propostas eram tão absurdas, unilaterais e exacerbadas em relação aos índios, que poderiam conduzir à quebra da unidade e secessão do Brasil, comprometendo o seu porvir cristão.

No referido artigo, publicado nas vésperas do conclave que escolheria o sucessor de Paulo VI – o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira suplica ao futuro Pontífice solução para a terrível ameaça que paira sobre a nossa unidade nacional, cuja origem é de natureza, sobretudo religiosa: “Santo Padre, afastai o perigo com que se defronta a unidade do Brasil” – escreveu.

Como nenhuma providência foi desde então tomada, a ameaça não fez senão crescer. Até culminar em episódios como o da reserva Raposa Serra do Sol, de cujas terras o governo federal, pressionado por missionários e por ONGs estrangeiras, quer expulsar os rizicultores.

Apesar de protestos de setores cada vez maiores e mais expressivos da opinião pública nacional. Assim agindo, o governo Lula faz eco às incríveis e desastrosas pretensões daqueles 52 missionários.

Leia a íntegra do artigo no Blog abaixo:

Fonte: http://7diasemrevista.blogspot.com/

Coisas da política - O conflito em Roraima

O que está ocorrendo em Roraima é mais grave do que o eventual confronto entre as forças policiais e os arrozeiros. Os governos recentes – entre eles o atual – se têm rendido às pressões internacionais que reclamam a autodeterminação das tribos indígenas sobre os territórios que ocupam.

Ao aceitar a ação de missionários e de ONGS junto aos índios, sem o controle das autoridades nacionais, o governo permitiu que elas viessem a substituir o Estado nesses territórios. Elas atuam no Exterior – muitas delas subvencionadas pelos seus governos – sobre a opinião pública internacional.

Desde o exterior, mediante vários organismos, incluída a ONU, pressionam o Brasil a que demarque áreas estratégicas de seu território, e cada vez maiores, como reservas indígenas. Além disso, seus agentes atuam atrevidamente nessas áreas, fechando-as e impedindo a entrada de autoridades nacionais.

Veja a íntegra do artigo de Mauro Santayana clicando no site abaixo.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/editorias/pais/papel/2008/04/07/pais20080407000.html

O Brasil tem lei? - MST invade em Roraima

Quinhentos integrantes do MST invadiram a Fazenda Bom Intento, a 28 quilômetros de Boa Vista. É a primeira invasão do MST em Roraima este ano, mas a previsão é que outras ações sejam desencadeadas.

O MST exige mais terras para reforma agrária no Estado e melhor estrutura física, educacional e de saúde nos projetos de assentamentos do INCRA.

Uma pergunta: O que faz a Polícia Fedseral ali instalada para desalojar plantadores de arroz para garantir o direito de propriedade? E a costumeira pergunta: O Brasil tem lei?

Fonte: OESP, 13/4/08.

domingo, 13 de abril de 2008

ABRIL VERMELHO: O Brasil faz e o anti-Brasil desfaz

MST ocupa área da Ambev

Um bando numeroso do MST invadiu hoje, 12/4/08, a fazenda Águas do Pilintra, Agudos (SP). A área de 5.400 hectares pertence à Ambev – Companhia de Bebidas das Américas. Para o MST a invasão faz parte do chamado "abril vermelho".

Segundo o MST, a Ambev usa água do Aqüífero Guarani (a maior reserva subterrânea de água doce do mundo) para a produção de bebidas...

MST ameaça novamente a Vale do Rio Doce

Nesta semana, o MST montou acampamento a 100 metros da Estrada de Ferro Carajás (EFC), em Parauapebas (PA) e ameaça bloquear a ferrovia, utilizada pela Vale para transportar 100 milhões de toneladas de minério de ferro.

O governo do Pará mandou a polícia para local. Preocupada com a ameaça do MST, a Vale recorreu à Justiça e obteve da Vara Federal de Marabá liminar favorável à Vale, que proíbe a interdição da ferrovia pelos sem-terra.

Segundo o documento, os réus devem abster-se da prática de atos que possam dificultar ou impedir o funcionamento normal da Estrada de Ferro Carajás. Em caso de descumprimento da decisão, os ocupantes deverão pagar multa individual de R$ 3 mil.

A ferrovia foi bloqueada pelo MST em outubro passado, causando um prejuízo de R$ 50 milhões...

Fonte: Publicada em O Globo 12/04/2008 às 11h57m

Amazônia é nossa - Heróis ou vilões?

Fazendeiros vistos como heróis por colonizarem a Amazônia no tempo dos militares, hoje, são considerados vilões ambientais pelo governo federal, é o que noticia o The Times, em 12/4/08.

Durante o governo militar, brasileiros desbravadores ganharam terras em Alta Floresta (MT) como indenização por áreas perdidas para projetos hidrelétricos.

O jornal ressalta a mudança na percepção do papel que os "desbravadores da Amazônia" teriam: de "pioneiros" a "criminosos".

O fazendeiro Dernei Olindo del Moro declarou ao jornal britânico: "Sentíamos que estávamos construindo alguma coisa aqui e éramos elogiados por isso. Tirei foto ao lado de dois presidentes. Eles nos tratavam como heróis".

Hoje: Não passam de vilões! A continuar assim, estamos destruindo uma nação-continente...

Fonte: http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/04/12/ult4909u3278.jhtm

Territórios quilombolas

Ao publicar o mapa do Brasil – retirado do ex blog de César Maia – mostrando os futuros territórios quilombolas, aliás, já estampado no livro de Nelson Barretto “A Revolução Quilombola”, o GPS do Agronegócio atualiza os seus leitores sobre a envergadura do problema que o Brasil vem enfrentando.



Se somarmos às áreas dos “territórios” quilombolas + as áreas já ocupadas pelos “territórios do MST” (os assentamentos da Reforma Agrária com cerca de quase 70 milhões de hectares) + os “territórios” indígenas (....) o que vai sobrar do Brasil, este “gigante pela própria natureza?”

O leitor já imaginou viajar pelo Brasil, gozando de sua liberdade de ir e vir, e tiver de tirar passaporte para entrar ou passar por cada um desses territórios? Ou mesmo pagar pedágios que tais “nações” poderão cobrar?

Afinal, o que restará do Brasil de nossos antepassados? É este o Brasil que queremos passar aos nossos filhos e netos? Clique e conheça o mapa dos quilombolas.

sábado, 12 de abril de 2008

Território indígena: Tensão na fronteira = nova Canudos?

O conflito para retirar “brasileiros” da reserva indígena Raposa do Sol vem mobilizando a Justiça. O STF suspendeu a operação da Polícia Federal para desocupar a área, mas a Advocagia-Geral da União entrou com recurso.

O Supremo deve julgar se houve ilegalidade no processo de demarcação das terras. É uma discussão antiga sobre a fronteira no norte do Brasil, que estaria ameaçada por causa desses acontecimentos.

A liminar do Supremo pode ter evitado um banho de sangue entre brasileiros. Talvez não seja exagero comparar com o de Canudos e chama a atenção para a gravidade do que acontece na fronteira norte.

Os arrozeiros defendem seus interesses apoiados por aliados indígenas, com os quais convivem em parceria que gera alimento para os índios. Mas também se tornaram agentes de defesa da integridade territorial e da soberania nacional.

Acontece que essa e outras reservas estão na fronteira do Brasil com Guiana, Venezuela e Colômbia e podem se tornar territórios autônomos, sob a proteção da ONU.

Em setembro, o Brasil assinou, nas Nações Unidas, a declaração da ONU sobre direitos dos povos indígenas, ainda não-referendada pelo Senado.

A declaração, garantindo direitos justos, dá autonomia que cerceia a presença do próprio Estado em seus territórios. Estando na fronteira, territórios assim podem colocar em risco à soberania e à integridade territorial.

O governo federal já sentiu que não pode chamar o Exército para intervir no conflito. Os militares consideram que só renunciando ao juramento pétreo de defesa à soberania nacional e à integridade territorial, poderiam intervir no caso.

A situação é grave. Cerca de mil resistentes – metade agricultores, metade indígenas – estão preparados com táticas de guerrilha para receber a polícia. Quatro pontes e uma balsa foram interditadas. Pistas de pouso foram bloqueadas com tambores. E a disposição expressa por arrozeiros e seus aliados índios é defender a terra ou morrer.

De 1.747 milhões de hectares da reserva, os arrozeiros usam 100 mil. Menos de 6% é o pomo dessa discórdia. O governador de Roraima, ao recorrer ao Supremo, buscou a solução mais sensata: vai permitir que se pare para pensar na gravidade da questão e no interesse nacional em jogo.

Fonte: http://bomdiabrasil.globo.com 10.04.2008

Fazenda Coqueiros: O fato e a sua versão...

A Fazenda Coqueiros, alvo sistemático de ataques por parte do MST não será desapropriada. Com isso, produtores rurais de todo o país irão ficar mais tranqüilos, pois uma decisão contrária abriria jurisprudência nesse sentido, e precedentes para novas invasões em terras produtivas.

O assessor jurídico da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Nestor Hein, entende que nem mesmo o anúncio oficial do governo fará o MST desistir da área.

Segundo ele, “nos acampamentos há um bando de desocupados, que recebe alimentação e ajuda governamental semanalmente. Ganham cestas básicas para ficar por ali, e perturbar o trabalho dos empregados da propriedade. Enquanto esse dinheiro continuar vindo, o pessoal da Coqueiros não vai ter sossego”, prevê.

O assessor jurídico ironiza, questionando que mesmo governo que diz que não irá desapropriar, continua mantendo os acampamentos de pé, dando alimentos, sustentação e logística. “Nada vai mudar enquanto o governo não cortar as torneiras do dinheiro e recursos que vão para os acampamentos”.

Hein arremata: “eu não acredito muito que se afastem da tentativa de continuar solapando, e com investidas para demolir tratores, incendiar caminhões. Só uma providência por parte do Ministério Público vai afastar essa organização criminosa do município de Coqueiros do Sul”.

Fonte: Diário da Manhã, Carazinho (RS), 10/4/08.

Território indígena e soberania nacional

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, criticou ontem duramente a demarcação em terras contínuas da reserva Raposa Serra do Sol. Para ele, o território assegurado aos índios pode pôr em risco a integridade e a segurança nacionais.

É a primeira vez que o general fala publicamente sobre o assunto, embora seja uma posição antiga das Forças Armadas.

Segundo o general, ele se preocupa com a demarcação em terras contínuas, aliada a circunstâncias como chamar algumas etnias de nações indígenas, bem como o que está escrito na declaração de direitos dos povos indígenas.

Com efeito, isso começa a ser uma ameaça à integridade nacional e à segurança nacional', disse o general.

Fonte: O Globo, 11/4/08.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Território indigena: CNBB X PCdoB

Enquanto a CNBB hipoteca solidariedade ao Governo Lula para a entrega de parte de território brasileiro à uma nação “emergente” de indígenas em Roraima –– oh res mirabile – o deputado Aldo Rebelo, do Partido Comunista do Brasil escreve no jornal O Estado de São Paulo:

“É confortador lembrar que ao infortúnio histórico dos índios o Brasil contrapôs o bálsamo de algumas de suas maiores inteligências. A causa foi abraçada desde os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, apóstolos da corrente humanista que desde então a Igreja Católica mantém altiva na defesa das tribos”.

[...] “A esses luminares do sertanismo e da antropologia sucedeu uma visão esdrúxula que aparta os índios da Nação e pleiteia sua autonomia em relação ao Estado. Agora, fala-se em ''povos indígenas'', ''nações indígenas'', ''autodeterminação indígena'', como se as tribos constituíssem nacionalidades independentes em territórios emancipados.

“Chegamos ao paroxismo de tuxauas barrarem a circulação de generais do Exército em faixa de fronteira. Já houve proposta de criação de embaixadas indígenas em Brasília, para que as tribos se relacionassem em posição de igualdade com o governo. Incute-se nos índios, enfim, a idéia de que, em relação aos brasileiros, são estrangeiros”.

Comentário: Acima, usamos a expressão latina “oh res mirabile” que significa “Ó coisa admirável”. Aqui dá vontade de exclamar outra: “Oh tempora, oh mores”!, ou seja, “ó tempos, ó costumes”!

Território indígena - CNBB: dois pesos e duas medidas

A CNBB, reunida em Itaici (SP), solidarizou-se com o governo Lula para retirar à força os rizicultores da Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Logo a CNBB, favorável a todas as minorias perseguidas! Qual terá sido a razão? – Uma conjectura: seria o fato de os plantadores de arroz pertencerem à “odiosa” categoria de proprietários?

Com efeito, através da Pastoral da Terra, a CNBB vem se arremetendo contra os produtores rurais pelo Brasil afora, sobretudo, defendendo o MST em suas criminosas invasões e depredações de propriedades.

Com um vizinho chamado Hugo Chávez, com as Farcs ao lado e entrando em nosso território – foram notados pelo menos 40 vezes –, como não viria a calhar essa extensa região fronteiriça habitada apenas por índios monitorados pelo CIMI e pelas milhares ONGs!

Caso esse tipo de gente invada nosso território, terá a CNBB o mesmo zelo em exigir a sua imediata “desintrusão”?

Fonte: http://7diasemrevista.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Territórios quilombolas

Ex-Blog de César Maia aponta perigo à vista!

– Afirmando ter recebido de um oficial de patente máxima das FFAAs material a respeito da hiper-flexibilização de quilombos e do uso político que vem sendo feito pelo INCRA, o ex-Blog aponta o atropelamento da legislação e das decisões judiciais. O caso está na órbita do STF que deve decidir nas próximas semanas”.

– Outro ponto importante apontado foi que “a maior área demandada em hectares está no Amazonas, onde a escravidão não teve nem de longe a proporção e significado que teve no Nordeste e no Sudeste”.

– Chama a atenção para o termo “‘território’ que incorpora a possibilidade de autonomia e demarcação. Estes "territórios" uma vez demarcados deixam de pertencer a ocupantes individuais e passam a ter controle coletivo, abrindo uma brecha de extrema gravidade no futuro da integridade territorial brasileira”.

– “ONGs estrangeiras financiam tais demandas oferecendo recursos para o encaminhamento das auto-declarações”.

Fonte: Ex-Blog do César Maia 10/04/2008.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Notícia boa: FARCs serão recebidas “a bala”!

É o que acaba de afirmar o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta quarta-feira.
Os militares brasileiros receberão "a bala" os integrantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que invadirem as áreas fronteiriças do Brasil.

Jobim afirmou que não há informações sobre essas ameaças, mas adiantou que se existirem tentativas, a reação será na "forma militar".

Folha Online 09/04/2008.

Raposa do Sol ainda é brasileira!

STF suspende operação Upatakon 3

O STF acaba de suspender qualquer operação para retirar não-índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol, impedindo que a Polícia Federal dê continuidade à Operação Upatakon 3.

Os ministros deferiram liminar pedida pelo governo de Roraima em Ação Cautelar ingressada no último dia 7 no Supremo.

O procurador-Geral do Estado, Luciano Queiroz, que acompanhou o julgamento, informou que na decisão unânime, os ministros determinaram que a retirada fique suspensa até o julgamento da primeira ação ordinária que questiona a homologação da reserva.

Fonte: Folha de Boa Vista (RR) 9/4/08.

Raposa Serra do Sol - PF anuncia trégua

A PF acaba de anunciar uma trégua da operação Upatakon 3 até segunda-feira, dia 14. A informação foi dada após reunião entre policiais e arrozeiros que plantam na área.

* * *
Índios aliados a arrozeiros exigem "respeito"

"Não é só o Lula que é autoridade. Nós que temos nossa terra também somos autoridade. Queremos respeito”. As palavras do vice-presidente da Sociedade dos Índios em Defesa de Roraima (Sodiur), o macuxi Sílvio da Silva, são endereçadas aos delegados da Polícia Federal (PF) que coordenam a Operação Upatakon 3.

"Eles [policiais federais] chegaram e já foram entrando nas áreas indígenas sem conversar. Chegaram abusando, querendo assustar", reclamou Silva. "Lá é nossa área e nós deixa quem nós quer", acrescentou.

A Sodiur defende a permanência dos arrozeiros na área. "Somos favoráveis que os brancos que estão ali dentro permaneçam trabalhando e com amizade conosco. Eles estão plantando, produzindo e dando emprego".

O macuxi Sílvio da Silva reclama de abandono por parte da FUNAI: "Veja se a FUNAI tem lavoura, escola ou posto médico lá dentro [da Raposa Serra do Sol]. O governo federal não vem olhar nossa área indígena e nem sabe o que um índio sente ali dentro".

Fonte: http://noticias.uol.com.br

Sem-terra ameaçam Vale

No dia 1/4/08, este Blog noticiou que a Justiça havia proibido o MST e seu dirigente Stédile de “incitar e promover” atos violentos contra instalações da Vale do Rio Doce, fixando a multa de R$ 5 mil por infração.

Por sua vez, Stédile afirmara que medidas judiciais não conseguiriam deter suas ações e classificou a iniciativa de “idiotice” dos advogados da Vale...

Hoje, dia 9/4/08, o MST ameaça invadir a ferrovia de Carajás (PA). A invasão dependerá da mobilização dos sem-terra e assentados na região. Dez caminhões estão sendo usados no transporte dos invasores.

O MST quer reunir 4 mil manifestantes para fechar a ferrovia, e, assim, “comemorar” os 12 anos do incidente de Eldorado dos Carajás, quando 19 sem-terra morreram em confronto com a Polícia.

Fonte: O Estado de São Paulo, 9/4/08.

O Brasil tem lei? – Leia e julgue

MST faz invasões com datas marcadas

O "abril vermelho" continuou no oeste de S. Paulo, onde o MST costuma alcançar maior repercussão de suas ações criminosas. Afinal, nem só de verbas públicas (dinheiro do contribuinte) vive o MST! Vive também das repercussões que a mídia lhe consagra.

Cumprindo sua agenda, o MST invadiu no dia 5 de abril a Fazenda Guarani no município de Presidente Bernardes (SP). Enquanto na Bahia, 2 mil militantes invadiram a Fazenda Bela Manhã, da Aracruz Celulose, no município de Teixeira de Freitas.

O coordenador do MST em S. Paulo afirmou que a fazenda "só tem pasto e meia dúzia de gado (sic), é uma terra que é do governo”. Já o arrendatário Nilson Vitalli contestou: "A fazenda é 100% produtiva, gera empregos e impostos, e o rebanho é de 450 cabeças de gado".

Hoje, dia 7 de abril, o proprietário entrará com a 12ª ação de reintegração de posse desde que as invasões começaram. "O custo processual não é barato", afirmou. Os sem-terra teriam derrubado pelo menos 500 metros de cerca para a invasão e de destruir a mata nativa.

Na Bahia, os invasores chegaram à fazenda da Aracruz, no município de Teixeira de Freitas, por volta das 2 horas da madrugada do dia 5, sábado. Weldes Queiroz, dirigente do MST, disse que o objetivo era lembrar Eldorado dos Carajás.

Em Minas, costuma-se dizer que o “seguro” morreu de velho e o “desconfiado” ainda vive... Será que o MST e movimentos congêneres, ditos sociais, não virão a constituir umas FARBs, semelhantes às FARCs?

Fonte: O Estado de S. Paulo, 07/4/08

terça-feira, 8 de abril de 2008

Raposa Serra do Sol - Cartas eloqüentes

“Ao ler que o governo Lula planeja retirar à força os fazendeiros, em Roraima, que investiram do seu próprio bolso e trabalharam honestamente, penso nas inúmeras invasões do MST.
Mesmo com longo histórico de invasões, que incluem terras produtivas e propriedades particulares não utilizáveis para reforma agrária, Lula sempre foi omisso e até estimulou esses crimes.

Penso que a retórica de que ele defende os trabalhadores foi desmascarada, pois só governa em benefício próprio, ou seja, do PT, do MST, da CUT...

Enquanto muitos índios estão sem assistência médica, vivendo à custa da Funai, mesmo com terras para explorar, uns poucos vivem da extração ilegal de madeira. Este é o modelo de governo assistencialista, fadado ao fracasso.

Parabéns, presidente, o senhor está conseguindo fazer do nosso País um imenso Partido dos Não-Trabalhadores”.

HUGO HIDEO KUNII hugo.kunii@terra.com.br Campinas

* * *

“Muito oportuna a observação do leitor Sr. Ricardo Gasparino (7/4) sobre as rápidas medidas do governo federal contra o bloqueio de estradas pelos arrozeiros de Roraima, que, além da força policial, os enquadra por “crime de bloqueio de estradas”.

Há muito anos o MST vem fazendo esses bloqueios e nunca foi processado e forçado por “caveirão” a liberar importantes rodovias. Agora levaram para a região um “caveirão” - carro blindado do tipo Brucutu usado na guerrilha das favelas cariocas - para enfrentar os arrozeiros.
Quero ver se no próximo bloqueio do MST serão usados esses recursos para liberar as rodovias... Preocupo-me também com a economia de Roraima. Os arrozeiros abastecem a região com arroz e ainda exportam uma parte.

Roraima deve arrecadar um bom dinheiro com essa atividade econômica. Quando os arrozeiros saírem, de que viverá o Estado? Os indígenas só plantam mandioca e banana para sua subsistência! Roraima parece fadado a ser para sempre uma grande aldeia!”


ANTONIO MARTINS FERRARI amartinsferrari@terra.com.br São Paulo

* * *

O conflito entre forças policiais e arrozeiros em Roraima merece a atenção de toda a sociedade brasileira.

Sabe-se que onde há riquezas há cobiça, que é o caso dessa disputa naquela imensa região.
Conforme sugerem especialistas civis e militares, eu diria ser imperioso o governo convocar as Forças Armadas para intervir no caso.

Em face dos interesses de setores espúrios internacionais que ameaçam a nossa soberania na Amazônia, urge tal intervenção, antes que planos alienígenas tentem nos tirar essa gigantesca porção de nosso território, criando uma “nação independente” na região.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA josedalmeida@globo.com Rio de Janeiro

Fonte: O Estado de São Paulo 8/4/2008

Convite - lançamento da 2ª edição do livro "Revolução Quilombola"

Anote na sua agenda

Convite

A Editora Artpress tem a honra de convidá-lo para o
lançamento da Segunda Edição ampliada do livro
A Revolução Quilombola



do jornalista Nelson Ramos Barretto, a realizar-se no dia

15 de abril (terça-feira), a partir das 19:00h.

Livraria Letras & Expressão

Rua Dias Ferreira, 50 – Leblon – Rio de Janeiro

O lançamento contará com a presença do Príncipe Imperial Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Coordenador Nacional da campanha PAZ NO CAMPO.
Faça o seu pedido do livro: http://livro-quilombola.blogspot.com

* * *

Nelson Barretto decidiu escrever seu trabalho depois de participar do Fórum Empresarial do Agronegócio, promovido pela CNA em Brasília, em março de 2007, onde ficou pasmo com os depoimentos de proprietários de várias regiões espoliados pelo INCRA.

Na ocasião ficou sabendo que o governo Lula tem um singular plano de desapropriar 30 milhões de hectares para assentar “quilombolas”.

Estudando o tema, Barretto resolveu percorrer algumas das regiões atingidas nos estados do Espírito Santo e Santa Catarina, bem como na cidade do Rio de Janeiro.

Os depoimentos colhidos, agregados aos estudos feitos, conduziram o Autor a uma sinistra conclusão: existe no Brasil uma sorrateira, mas bem articulada revolução, que se serve da bandeira da luta racial para derrubar um dos pilares da civilização cristã, o direito de propriedade.

O quilombismo poderá facilmente degenerar numa fonte de conflitos raciais sem fim, desorganizar o agronegócio e criar dentro do Brasil uma imensa área de terras coletivizadas, como em Cuba e na China.

A tese e os fatos narrados no livro têm tudo para impactar o leitor. Em 144 páginas, uma reportagem objetiva, com documentação inédita e relatos dramáticos.

Uma leitura imperdível, para quem quiser se informar de um fenômeno que rasga escrituras seculares, lesa direitos adquiridos e atropela a própria Constituição.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Brasil = Terra de privilégios

Ives Gandra Martins escreveu na Revista Consultor Jurídico (11/03/08) artigo tratando da discriminação que vem sofrendo o cidadão comum e branco. Nosso Blog apresenta um resumo dos pontos que se relacionam com o agronegócio.

Comenta o articulista inciso IV do artigo 3º da Constituição Federal:

“Art. 3º. – Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV — promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".

“[...]Se um branco, um índio ou um afro-descendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles”.

“Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior”.

Territórios indígenas

“Os índios, que pela Constituição (artigo 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado.

Menos de meio milhão de índios brasileiros — não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também — passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele”.

“Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados”.

Territórios quilombolas

“Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afro-descendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (artigo 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito”.

Territórios do MST e aposentadoria para invasores

“Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera mais que legítima e meritória a conduta consistente em agredir o direito”.

“Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este "privilégio", porque cumpre a lei”.

Indenizações polpudas a desertores e assassinos

“Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões o que é retirado dos pagadores de tributos para "ressarcir" àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos”.

“E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do artigo 3º da Lei Suprema?”

E conclui: “Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios”.

Este Blog pergunta: – E você?!

sábado, 5 de abril de 2008

Projeto que susta Decreto quilombola recebe parecer favorável

O Dep. Gonzaga Patriota, relator do PDC 44/2007 que susta a aplicação do Decreto nº. 4.887/03, conhecido decreto quilombola, apresentou na CCJ, em 02/04/2008, parecer pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste.

Ou seja, aprovou a derrubada do decreto quilombola com emenda, no que se refere à transgressão ao direito de propriedade.

A Constituição prevê o reconhecimento das terras ocupadas pelos remanescentes dos quilombos. O Dep. Gonzaga Patriota afirma em seu relatório:

“O Decreto se imiscui em matéria de lei extravagante, que não se aplica ao caso. É, sem dúvida, uma norma arbitrária, que não tem previsão no art. 68 do ADCT, pois a expulsão de agricultores de suas terras não é autorizada pelo texto constitucional. Este artigo extrapola todas as hipóteses previstas no comando constitucional que pretende regulamentar”.

Vamos acompanhar a votação da Comissão de Constituição e Justiça para depois seguir ao Plenário da Câmara.

Kátia Abreu critica área quilombola em Marambaia

Kátia Abreu (DEM- TO) criticou as ONGs que pressionam pela demarcação de área quilombola na ilha de Marambaia (RJ). Para ela, nunca houve quilombo no local onde vivem famílias de pescadores e que é usado como local de treinamento da Marinha.

– “Queremos que os quilombolas do Brasil sejam verdadeiramente reconheci-dos, lhes sejam dadas as terras merecidas, e que as mesmas sejam registradas, e seus novos proprietários possam utilizá-las e retirar financiamentos bancários”.

Por outro lado, argumentou a senadora, “não podemos permitir que determinadas ONGs, falsas ONGs interesseiras, possam trazer transtornos à ordem neste País e descumprimento da nossa Constituição”.

Fonte: Jornal do Senado, 3/4/2008.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

“Haverá sangue em Roraima ...”

O governador de Roraima, Anchieta Júnior foi à sede do Ministério da Justiça, em Brasília, pedir a suspensão da operação de retirada dos arrozeiros da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Mas não obteve sucesso.

Deputados de Roraima enviaram ao presidente Lula um manifesto no qual pedem o esgotamento dos recursos judiciais antes de usar a força.

O produtor rural João Paulo Quartiero foi a Assembléia Legislativa pedir o apoio dos deputados e voltou a dizer que não pretende deixar a área pacificamente.

“Estamos irredutíveis”, afirmou Quartieiro. “Não vamos ceder à truculência da Polícia Federal, a esses brucutus enviados por Brasília. Não defendemos apenas nossas propriedades, mas também o Estado”.

Quartiero estava acompanhado pelo deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR), que apóia os arrozeiros. “Haverá sangue em Roraima se o governo Lula não intervier”, disse o deputado, numa referência ao clima de tensão na área.

Segundo Junqueira, a situação vai piorar. Ele disse que a PF, após enfrentar a reação dos arrozeiros, desembarcou em Boa Vista um blindado, semelhante ao caveirão, usado pela polícia fluminense para entrar nas favelas.

A PF continua desembarcando agentes na capital de Roraima e deverá compor uma força de 500 homens.

***

Os números da área em litígio

– 100 mil hectares é o pedaço de terra reivindicado por arrozeiros.
– 160 mil toneladas de arroz são produzidas anualmente em Roraima.
– 1,747 milhões de hectares é o total da área da reserva Raposa Serra do Sol.

Comentário:

Tanto os números acima quanto o risco de derramamento de sangue em Roraima chamam-nos a atenção. Enquanto a Cuba de Raul Castro começa a devolver as terras confiscadas aos particulares, o Brasil faz menção de utilizar a força bruta para botar fora de suas terras produtivas os particulares...


Fonte: OESP, 04/04/2008.

O Brasil faz e o anti-Brasil desfaz

Enquanto você faz para si e para os seus e com isso beneficia toda a sociedade, um anti-Brasil desfaz. Observe quantas organizações já se formaram para apoiar a Revolução Quilombola. Veja e pense no que elas pretendem:

– Defender a constitucionalidade do Decreto 4.887/2003 reforçando que a simples existência de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade não significa que a reclamação que ali existe será julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal.

– Conclamar os Deputados e Senadores a rejeitarem os Decretos Legislativos 44/2007 e 326/2007, seguindo o exemplo da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados que aprovou parecer contrário ao PDC 44, em outubro de 2007.

– Denunciar que as mudanças da IN 20/2005 do INCRA nos termos propostos pelo governo representam um retrocesso na garantia dos direitos quilombolas reconhecidos na Constituição Federal, na Convenção 169 da OIT e no Decreto 4.887/2003.

– Repudiar a forma não transparente como o governo federal atuou na elaboração da nova instrução normativa.

– Exigir que o governo federal respeite e garanta as condições adequadas para que se estabeleça um processo de consulta legítimo, que permita a ampla discussão e participação do movimento e da sociedade civil, conforme determina a Convenção 169 da OIT.

– Manifestar nossa solidariedade aos homens e mulheres quilombolas especialmente nesse momento em que são vítimas de ataques discriminatórios e injustamente acusados de levar o conflito para o campo.

Action Aid
Articulação Regional de Mulheres Negras Quilombolas do Médio-Mearim
Associação Brasileira de ONGs - ABONG
Associação da Comunidade Quilombola de Jacareí dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Santa Maria dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Bom Jesus dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Frechal
Associação de Moradores do Quilombo Santa Rosa dos Pretos
Associação de Moradores do Quilombo Santo Antonio dos Pretos
Associação Rural de Moradores do Quilombo Jamary dos Pretos
Balcão de Direitos da Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Conscientização Negra de Pedreiras
Centro de Cultura Negra do Maranhão - CCN-MA
Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva - CEDEFES
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará - CEDENPA
Centro pela Justiça e Direito Internacional - CEJIL
Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos - COHRE
Centro Luiz Freire
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Rio de Janeiro
Comissão Pastoral da Terra Regional da Bahia - CPT-BA
Comissão Pró-Índio de São Paulo - CPI-SP
Companhia de Dança Afro e Popular Akyloã
Conselho Municipal das Populações Afro-Descendentes de São Luís
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC
Coordenadoria Ecumênica de Serviço - CESE
Koinonia Presença Ecumênica e Serviço
Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais - N´golo
Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional - FASE
Fórum Estadual de Entidades Negras do Maranhão
Grupo de Negros Palmares Renascendo de Bacabal
Instituto das Mulheres Negras
Instituto de Assessoria às Comunidades Remanescentes de Quilombos - IACOREQ
Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC
Instituto Socioambiental - ISA
Justiça Global
Mariana Criola
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
União de Moradores do Quilombo Santarém


FONTE: ISA, Instituto Socioambiental.

E a guerrilha continua num grandiloqüente silêncio

O impressionante relato sobre a existência de uma guerrilha no Brasil, nove vezes maior que a do Araguaia, feito pela revista Isto é, nº. 2002, repercutiu amplamente em todo o País.

No centro do poder, em Brasília, alguns congressistas usaram da palavra na Câmara e no Senado demonstrando seu espanto diante do que a nação toda, estarrecida, tomou conhecimento.

Fora isso, um grandiloqüente silêncio. Grandiloqüente sim, porque fala muito. Convidamos o leitor a conhecer a segunda parte, publicada por Isto é na edição desta semana, nº 2003.

Fonte: http://www.paznocampo.org.br/

terça-feira, 1 de abril de 2008

Justiça proíbe MST de atacar Vale

A Vale do Rio Doce obteve na Justiça do Rio liminar da juíza Patrícia Whately que proíbe o MST e seu dirigente Stédile de “incitar e promover” atos violentos contra instalações da empresa, fixando a multa de R$ 5 mil por infração.

Stédile, convidado para a aula magna de abertura do ano letivo na Universidade Federal do Rio de Janeiro, discursou e respondeu a perguntas de 200 pessoas, ao lado do reitor Aluízio Teixeira. Teria sido aplaudido de pé e muito elogiado por Teixeira, professores e estudantes.

Stédile afirmou ainda que medidas judiciais não conseguirão deter as ações contra a ex-estatal e classificou a iniciativa de “idiotice” dos advogados da Vale...

Como perguntar não ofende, afinal, quem está mandando no Brasil?!

Fonte: O Estado de S. Paulo, 20/3/08

PF prende prefeito, maior plantador de arroz da região, em reserva Raposa Serra do Sol

A Polícia Federal confirmou no dia 31/3/08 a prisão do prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, maior plantador de arroz na região.

A operação para retirada dos arrozeiros – prevista para ocorrer na semana que vem – foi antecipada com a prisão de Quartiero que tem sob seu comando um grupo de índios contrários à demarcação da reserva.

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) reagiu e disse que a PF realiza uma “operação truculenta” para a retirada de cidadãos brasileiros da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
Ele apelou ao ministro da Justiça para que seja respeitada a “dignidade humana” de cerca de 300 famílias de não-índios moradoras da reserva.

O parlamentar nega que tais pessoas sejam grandes plantadores de arroz. Em sua maioria, são pessoas pobres que residem há tempos na área.

Em 2005, havia 458 famílias, das quais 160 foram indenizadas (em valores muito baixos) para sair das terras que ocupavam e receberam a promessa de serem reassentadas.
Mas, só 90 famílias teriam recebido novas terras.
“Contestamos essa demarcação desde o início, porque lá tem mais minério do que índios. Queríamos uma solução pacífica, mas o presidente Lula não honrou as sugestões apresentadas por comissões do Senado e da Câmara dos Deputados”, queixou-se o Senador.
Agora o governo está pagando caro por isso. As duas tentativas teriam custado R$ 1 milhão e R$ 1,2 milhão, respectivamente. A estimativa para a atual é de R$ 4 milhões.

Enquanto isso, faltam recursos para o combate à dengue e à febre amarela... Assim, vêm sendo tratados os empreendedores rurais no Brasil, os verdadeiros bandeirantes do século XXI...
Será que os citadinos vão se lembrar dos agricultores apenas quando lhes faltar comida à mesa?

Fonte: Evandro Éboli – O Globo; Agência Senado 31/03/2008.

A quem interessa a Amazônia vazia?

Citando Rômulo Valdoni, coordenador indígena do governo estadual do Mato Grosso, o articulista do jornal e das revistas RDM e Centro-Oeste, Onofre Ribeiro (onofreribeiro@terra.com.br), afirmou que o “Mato Grosso é um barril de pólvora, com a pressão do MST, dos quilombolas e dos índios”.

O jornalista afirma que o estado possui 23 etnias indígenas, todas com as suas reservas demarcadas, e que ao mesmo tempo existem 21 projetos de ampliação dessas reservas, propostos pela Funai, com muitas aberrações sob pretextos inexplicáveis.

Para Onofre, se tais reservas forem ampliadas, alguns municípios no Vale do Araguaia desaparecerão, e outros em todas as regiões serão profundamente mutilados.

Grande número de propriedades legalizadas e tituladas pelo governo, com certidões de liberação da Funai, serão expropriadas e os donos não receberão indenizações, porque é tradição da Funai não pagar o que a lei determina.

Para o arguto jornalista, a questão indígena é apenas uma vertente do problema. A operação Curupira, em 2005, deu início a uma seqüência de operações policiais com um fim claro: desocupar a Amazônia de presenças humanas que não sejam os sem-terra e os chamados povos da floresta: garimpeiros, seringueiros e índios.

Segundo ele, o ex-deputado José Lacerda possui um trabalho mostrando todas as propostas de criação de parques naturais, reservas e ampliação de áreas indígenas, em estudos ou em andamento, que cercam e isolam completamente a Amazônia. Na prática, isso fará com que os habitantes vão embora da região.

São estudos da Funai, Ministério do Meio Ambiente e ONGs... Mas, a quem interessa a Amazônia vazia?

Como está difícil a vida do produtor rural no Brasil!

Peritos do Instituto de Criminalística concluíram o levantamento dos prejuízos que teriam sido causados por sem-terra ao invadirem a Fazenda Macaé, em Andradina (SP), no dia 15/3/08. Segundo os donos da fazenda, eles arrancaram 6 mil pés de cafés e mataram 600 cabeças de gado, causando danos de R$ 500 mil.

Os sem-terra, ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar, invadiram a fazenda em protesto contra liminar do Tribunal Regional Federal que bloqueou o decreto expropriatório assinado pelo presidente Lula em 2007...

Como o MST não tem personalidade jurídica, quem vai arcar com o prejuízo? A União? O Estado? Nesse caso será mais uma vez com o dinheiro do contribuinte... Ou somente o dono terá de contabilizar as perdas?

Como vai ficando difícil a vida do produtor rural no Brasil!

Fonte: O Estado de S. Paulo, 23/03/08.

Todo cuidado é pouco no momento de empregar!

Parece que o Ministério do Trabalho quer colocar a etiqueta de “escravocrata” no produtor rural...

Ministério flagra 421 pessoas em condições degradantes

O grupo móvel do Ministério do Trabalho diz ter resgatado 421 trabalhadores em condições consideradas degradantes, em Quirinópolis (GO). Eles seriam originários de outros Estados e trabalhavam no plantio e corte de cana para a Agropecuária Campo Alto S/A. A ação ocorreu no dia 25/3/08.

Segundo o relato de fiscais, os trabalhadores rurais moravam em locais pequenos com um número excessivo de pessoas. O coordenador da ação, Welton Oliveira, diz ter flagrado uma casa de dois quartos e um banheiro onde viviam 18 pessoas. Segundo ele, as casas não passavam por limpeza.

Por sua vez, a Agropecuária Campo Alto nega que a ação tenha resultado no resgate de trabalhadores. Segundo a empresa, os trabalhadores decidiram em assembléia deixar a lavoura porque julgaram ser vantajoso receber os benefícios naquele momento, mas querem voltar a trabalhar lá.

A direção da empresa diz que as condições precárias de alojamento se restringiam a um grupo de 20 trabalhadores que alugou uma casa em Gouvelândia durante a reforma de um alojamento, sem o conhecimento da agropecuária.

Mesmo assim, os fiscais decidiram anular os contratos de todos os trabalhadores com vínculos de prazo determinado. A Agropecuária Campo Alto não recebeu ainda nenhuma autuação. Em Quirinópolis, ela emprega 2.000 pessoas trabalhando em condições adequadas.

Fonte: Folha de S. Paulo, 26/03//08.

Aula magna de subversão

Helio Viana

Enquanto os brasileiros vivem a sua rotina – levantam-se, vão ao trabalho e depois retornam às suas casas para se reunirem com suas famílias e prepararem um novo dia –, com a mesma rotina ergue-se, labuta contra eles e volta a seus antros para tramar novas conspirações uma organização subversiva chamada MST, especiosamente rotulada por seus hábeis manipuladores de “movimento social”.

Com fortes apoios em certos meios religiosos e poderes constituídos, o MST tem a missão de coadjuvar o governo na sua marcha rumo ao socialismo. Seu papel é pressioná-lo e obter dele concessões cada vez maiores em matéria de reformas, particularmente a agrária. Pois se a iniciativa de tais reformas partisse do governo, este tiraria a máscara e se indisporia com a opinião pública. A tarefa de “bicho papão” exercida pelo MST deixa assim o governo cômodo para agir, dizendo que está tão-só atendendo os clamores de justiça social de um povo faminto.

O regime feudal baseava-se no binômio proteção-fidelidade: o senhor feudal protegia o servo da gleba e recebia em troca a fidelidade dele. Binômio análogo, embora nos antípodas, dá-se entre governo e MST: o governo lhe dispensa proteção e recebe em troca sua fidelidade.

Apesar de suas invasões – com o conseqüente desrespeito às leis do País – terem neste início de ano aumentado sensivelmente, em vez de ser punido, o MST foi promovido. Com efeito, a seu líder João Pedro Stédile coube uma honra a que poucas notoriedades brasileiras é concedida: foi o convidado especial do reitor Aloísio Teixeira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para proferir a aula magna de abertura do ano letivo de 2008, no campus do Fundão.

Diante de uma platéia de cerca de 200 pessoas, entre professores e alunos, aquele agitador profissional desenvolveu o tema “Terra, saberes e democracia”, sendo aplaudido de pé. O que ele disse? Estadeou ele sua pretensa sabedoria sobre problemas da terra e da democracia, dos quais, como o Brasil inteiro sabe, o MST é grande conhecedor e observador...

Mas o que Stédile de fato revelou em sua aula foi a mais recente estratégia do MST: atacar o trabalho de unidades multinacionais em setores como dos transgênicos e do agronegócio: “Percebemos que nossos inimigos principais agora são as empresas transnacionais. Enquanto houver um sem-terra respirando, vamos lutar para expulsar do País todas as empresas transnacionais que nos exploram na agricultura”, pontificou.

Ou seja, o objetivo dessas como de qualquer outra empresa sendo o lucro, cumpre combatê-las, pois na perspectiva do MST isto é imoral. Como se elas não tivessem também uma função social proporcionada pela mão-de-obra que empregam e pelo próprio fruto desta, a produção, da qual se beneficia toda a sociedade. O MST quer tudo destruir, pois ele só admite a empresa estatal, nos moldes dos falidos regimes comunistas.

Embora tenha se negado a falar de ações planejadas para um “abril vermelho” de invasões, Stédile afirmou que não recuará, mesmo diante da decisão da 41ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Chamou a medida de “idiotice” e “ditatorial”, acrescentando que a Vale do Rio Doce está “desesperada”. Várias outras empresas – Monsanto, Syngenta, Aracruz, Stora Enzo, Votorantin, Bayer etc. – estão na mira do MST.

De mais a mais, que autoridade tem Stédile para dizer e agir assim? Quem lha conferiu? Já que ele discorreu sobre democracia, foi por acaso o povo brasileiro? Pelo contrário, este está farto das atividades subversivas desse movimento e de nenhum modo deseja a mudança do atual regime de livre iniciativa e propriedade privada para o regime socialista de propriedade coletiva tutelada pelo Estado, como o pregado pelo MST e por seus minguados adeptos.

Assim, enquanto do alto de uma cátedra provisória na UFRJ, Stédile se arremete sob aplausos contra a ordem estabelecida e o Judiciário, chegando a chamar de “idiotice” e “ditatorial” uma decisão dele, proprietários rurais são vítimas de invasões, roubos e torturas. Tal foi o caso, entre muitos outros, do advogado Rodrigo Macedo, da Fazenda Iara, em Euclides da Cunha Paulista, que acusado recentemente de revidar uma agressão dos sem-terra – “c’est animal est très méchant, quand on l’attaque il se défend!” –, teve ainda que purgar seis dias na cadeia!

Em Andradina, no noroeste paulista, cerca de 80 sem-terra ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Sintraf) destruíram há pouco nada menos que três mil pés de café da Fazenda Macaé. Disseram que agiram em protesto pela demora da Reforma Agrária. Um oficial de Justiça entregou-lhes uma intimação solicitando retirada imediata. Eles colocaram tratores na porteira para impedir a entrada da polícia. O dono da fazenda, Eduardo José Bernardes Filho, obteve a reintegração de posse na Justiça. Conseguirá retirá-los? E mesmo que o consiga, quem lhe pagará os prejuízos?

Essa é a rotina, o dia-a-dia do Brasil atual. Por detrás das aparências de normalidade existe uma imensa subversão – pouco sentida pelos citadinos, mas não por isso menos real –, que se não for contida poderá nos levar aos descaminhos aos quais as FARC conduziram a vizinha Colômbia.

Do Blog: 7diasemrevista.blogspot.com